A carreira como técnico ainda não é longa, apenas seis anos. Porém, se engana quem pensa que Jair Ventura, técnico do Juventude, seja inexperiente. Filho de Jairzinho, ídolo da seleção de 1970, o treinador concedeu entrevista para Elia Júnior, na Rádio Bandeirantes. Após salvar o clube gaúcho do rebaixamento, Jair comentou sobre a reta final da equipe no Brasileirão.
“Antes do Juventude, eu tive o Sport ano passado, onde eu estava comemorando mais uma vez a permanência, terceira vez que eu assumo um trabalho na zona de rebaixamento e a gente consegue livrar. Botafogo foi assim, Sport foi assim e agora no Juventude. Eu fico feliz de ajudar o clube de alguma maneira, temos um aporte financeiro que a gente sabe que um rebaixamento que para o Juventude teria menos 40 milhões na conta do clube. A gente chegou a ficar seis pontos na zona de rebaixamento para sair e a gente conseguiu a permanência. Lógico que foi difícil, na última rodada, já que jogamos dois jogos fora e perdemos, mas conseguimos fazer o fator casa. Foram quatro jogos e quatro vitórias nos últimos jogos. Vale lembrar que era a menor folha salarial da Série A.”
Ao ser perguntado por Elia Júnior se Cuca é o melhor técnico em atividade no Brasil, Jair Ventura foi direto na resposta e ainda relembrou o início da carreira como treinador, quando o atual técnico do Galo teve grande importância.
“Olha, eu sou suspeito. O Cuca foi o cara que abriu as portas pra mim no Botafogo. Eu cheguei lá como estagiário, em 2008, e o Cuca foi o meu primeiro treinador. Com certeza eu tenho muito do Cuca como treinador, um estrategista. Hoje eu tenho o prazer de enfrentar um cara que me abriu a porta para fazer um simples estágio. Com certeza ele está entre os melhores treinadores. Cuca, Renato Gaúcho e o Tite estão entre os grandes treinadores do Brasil.”
Sobre a temporada de 2022, Jair Ventura explicou como o Juventude se planeja para ter um ano mais tranquilo e não sofrer até a última rodada do Campeonato Brasileiro brigando para não ser rebaixado.
“Eu tenho contrato até o fim de 2022. Fico feliz de ter conseguido alcançar nosso objetivo, já estamos participando de reuniões para a montagem do elenco. Momento difícil, vamos ter o menor orçamento da Série A, dificulta muito nossa ida ao mercado. Costumo dizer que a maior contratação é a manutenção dos jogadores, então o Marcelo Barbarotti (executivo de futebol) e a direção estão lutando pra gente manter os principais jogadores, mas é difícil, a grande maioria é emprestada. Clube que tem pouco orçamento tem que acabar pegando jogadores emprestados.”