O ex-atacante Guilherme Alves participou do programa Nossa Área, da Rádio Bandeirantes, nesta sexta-feira (13). Aos 47 anos, ele tenta emplacar como treinador, após ser artilheiro ao longo da carreira em times como Atlético-MG, Corinthians e Cruzeiro.
Sem clube desde que deixou o Marília no primeiro semestre, Guilherme espera voltar a trabalhar ainda nesta temporada. “ O Marilia não tem calendário até o final do ano. Como não tem atividade, o vínculo não foi renovado. Tivemos algumas negociações, mas sem acordo financeiro. Tem que ser um local que me dê condições adequadas para trabalhar", afirmou.
O ex-atacante falou do seu estilo como técnico. “ O futebol vem mudando muito rapidamente em todas as partes. Não dá pra começar e terminar da mesma maneira. Ao longo da carreira trabalhei com treinadores acima da média e trabalhei na Espanha, então a gente carrega algumas coisas. Mas sempre encontramos coisas novas. Você tem que ter uma gestão muito boa de vestiário. O jogador hoje é muito diferente de alguns anos atrás. Não é mais no grito. O atleta hoje te questiona. Hoje é com conhecimento“.
Guilherme falou também de suas referências como treinador. “ Difícil apontar um só. Trabalhei com os maiores vencedores do Brasil. Tive o prazer de trabalhar com o Telê por duas temporadas. Trago muitas coisas dele, principalmente na parte técnica. Acho que hoje faz falta, mas estamos tentando voltar a fazer. Não tem mais grandes cobradores de falta, jogadores que pegam bem fora da área", disse.
“O Luxemburgo eu trabalhei no Cruzeiro e ele me levou pra seleção. Ele teve um começo revolucionário. Os treinamentos eram diferentes na época. Aquilo que ele fala que já fazia há anos, é verdade. O que faz a diferença hoje é o treinamento. Há uma escassez de jogadores que fazem a diferença. Então você tem que partir pro coletivo”.
O treinador concorda que grandes talentos estão em falta no futebol brasileiro. “Hoje na seleção temos um fora de série que é o Neymar. Fui convocado num momento esplêndido meu, mas a concorrência era muito maior. Hoje a gente não vê isso”, concluiu.