O calendário do futebol não incomoda só no Brasil. Os jogadores europeus também estão muito incomodados com o aumento do volume de jogos no Velho Continente, tanto que estão cogitando entrar em greve.
Os atletas foram vocais sobre o desconforto sobre o aumento de partidas nesta temporada, resultado do aumento de partidas na Champions League e a disputa do novo mundial de clubes. Rodri, atleta do Manchester City, chegou a dizer que a possibilidade de uma greve não está descartada.
“Eu acho que estamos perto disso. Não é difícil de entender o motivo. Se você perguntar para qualquer jogador, eles vão dizer o mesmo. Não é a minha opinião, é geral. Se continuar assim, vai chegar o momento que não teremos outra opção”, disso o espanhol na coletiva antes da estreia no City na Champions.
Os jogadores do City podem chegar a atuar em 85 partidas nesta temporada, incluindo jogos pelas seleções nacionais. Para efeito de comparação, o Fortaleza foi a equipe brasileira com mais jogos em 2023, com 78 partidas.
“Pela minha experiência, eu acho que jogar entre 60 e 70 partidas não é bom. Entre 40 e 50 jogos é o limite em que um jogador pode atuar em alto nível”, disse, Rodri.
A Champions criou nesta temporada a “fase de liga”, aumentando o número de partidas de seis para oito nesta fase. Os clubes ainda poderão jogar mais dois jogos extras caso precisem da repescagem.
O novo mundial seguirá o modelo antigo da Copa do Mundo, podendo adicionar mais sete partidas na temporada.
O brasileiro Alisson, do Liverpool, foi outro a criticar o gosto dos organizadores por mais partidas de futebol.
“Ninguém pergunta aos atletas o que eles pensam de mais jogos, então talvez a nossa opinião não importe. Mas todo mundo sabe o que nós achamos, que todo mundo está cansado”, disse o jogador da Seleção.