O Palmeiras está no catar em busca do bicampeonato mundial de clubes. Correto? Para 100% dos palmeirenses, sim. Para os jornais da época e para a Fifa, também.
Poucos craques personalizaram tão bem o amor ao Palmeiras quanto Jair Rosa Pinto. Considerado por muitos como o maior jogador do Palmeiras em todos os tempos, o meia foi o capitão do time na conquista da Copa Rio de 1951.
Competição organizada em conjunto pela Fifa e a prefeitura do Rio de Janeiro, com jogos na cidade maravilhosa e em São Paulo. E que além do Verdão, reuniu algumas das principais equipes do mundo na época, entre eles, a Juventus, da Itália, o Nacional, do Uruguai, e o Vasco.
A Copa Rio foi um sucesso. Reacendeu o orgulho do torcedor brasileiro que andava abalado desde o ano anterior, quando a Seleção perdeu a final da Copa do Mundo no Maracanã para o Uruguai.
As equipes foram divididas em dois grupos. Na primeira fase, o Palmeiras venceu o Nice e o Estrela Vermelha, mas levou uma goleada de 4 a 0 da Juventus. Mesmo assim, avançou para a semifinal, quando eliminou o Vasco. Na decisão, novo confronto contra os italianos. E aí, a história foi diferente.
Depois de bater o time italiano na primeira final por 1 a 0, o Verdão empatou o segundo e deu a volta olímpica. Liminha, marcou o gol que selou a conquista.
O Maracanã, tomado por mais de 100 mil pessoas, foi à loucura. Nos jornais brasileiros e estrangeiros da época, o retrato da grandeza do título. E na Gazeta Esportiva, a confirmação: "Palmeiras, campeão do mundo".
Na Volta para São Paulo, o time foi recebido por uma multidão. E o desfile dos campeões tomou conta da cidade.
70 anos depois, mais uma chance de repetir aquela epopeia. Agora, no Catar.
Neste domingo (7), o Palmeiras estreia no Mundial de Clubes da Fifa, às 15h, quando disputa uma vaga na final contra o Tigres, do México, que eliminou os sul-coreanos do Ulsan nesta quinta-feira.