O Autódromo Hermanos Rodríguez é o principal circuito do automobilismo mexicano. Entre outras provas, recebe o Grande Prêmio do México de Fórmula 1 e o E-Prix da Cidade do México de Fórmula E. No entanto, mesmo sendo o mesmo local, o endereço oferece configurações bem diferentes para as duas categorias.
Quem está acostumado à F1 já conhece bem o traçado: a longa reta dos boxes antecede uma sequência de curvas: direita, esquerda, direita. Depois, uma reta mais curta, uma longa sequência de oito curvas de diferentes raios leva ao ponto mais conhecido do traçado: o antigo estádio de beisebol. Os pilotos passam por um “portal” pelo meio das arquibancadas, virando à direita e completando a volta.
A Fórmula E tem um circuito bem menor, como padrão na categoria. Para quem olha o traçado de cima, é fácil perceber o formato semelhante ao de um circuito oval.
Os carros elétricos largam da mesma reta, com o trecho tem uma extensão bem menor. No fim do pitlane original, iniciam uma longa curva à direita, que é seguida por um apêndice no desenho. Cinco voltas depois, os pilotos voltam à reta que leva ao estádio.
Mas o trecho não é tão semelhante. Primeiro, a reta tem uma chicane que acrescenta complexidade à volta. Depois, o layout entra no terreno do estádio, mas sai de lá após uma sequência de curvas e termina por outra longa curva à direita – a conhecida Peraltada – que contorna a arquibancada por fora.
“A pista tem um traçado exigente, com uma reta longa e trechos de alta e média, além de trechos mais lentos, formando um pacote interessante e técnico. É um bom desafio para as equipes”, analisou Lucas di Grassi, piloto da Lola Yamaha Abt.
Ao todo, o traçado tem 2,628 km, contra 4,304 km do traçado usado pela F1. No entanto, as voltas acabam se equiparando: o recorde da Fórmula 1 no local é de 1:17.774, com Valtteri Bottas (Mercedes) em 2021; na categoria elétrica, a melhor volta é de Jake Dennis (Andretti), com 1:14.195 em 2023.