Dorival Jr preferiu “manter os pés no chão” depois da goleada por 4 a 0 da Seleção Brasileira contra o Peru. O treinador evitou dizer que o resultado é uma resposta às cobranças que vem sofrendo e ressaltou que o time ainda vai oscilar, pois passa por reformulação.
“Eu não coloco assim, não vejo assim [como uma resposta às cobranças]. Eu sabia que teríamos dificuldades, que não seria um mar de rosas, tem uma reformulação. O que eu fico feliz é de estar vendo novamente a cumplicidade do torcedor, tanto em Curitiba e em Brasília. O carinho que nos passaram, nos enche de orgulho para continuar defendendo a camisa da Seleção. Voltar a ter o respeito dentro do cenário do futebol mundial é um desafio de todos nós. De todos que estão neste ambiente do futebol. Precisamos ajudar a resgatar essa paixão do nosso torcedor pela nossa Seleção. Estou muito feliz pela forma com que a gente tem sido tratado por onde passa”, disse o técnico.
“É um grupo em formação, que carece de ajustes. Não adianta eu afirmar aqui que a partir de agora podem ficar tranquilos. A equipe ainda vai oscilar, é um fato isso. Teremos partidas talvez até melhores que essa. Nós não demos uma oportunidade ao adversário, tivemos uma retomada de jogo muito rápida. Raras foram as situações que eles trocaram passes. Tudo isso foram pontos muito positivos. Mas ainda é um processo de oscilação, e eu entendo que se tivermos uma recaída daqui a pouco, é algo natural. Vamos trabalhar para que não aconteça”, acrescentou.
Com a vitória nesta terça no Mané Garrincha, a Seleção Brasileira vai a 16 pontos nas Eliminatórias para a Copa. O time treinado por Dorival Jr empata com o Uruguai, que é terceiro por ter melhor saldo de gols. Argentina (22 pontos) e Colômbia (19) ocupam as primeiras posições.
Dorival elogia desempenho do Brasil
Nós tivemos no primeiro tempo uma equipe que se defendeu ao extremo, a gente tentou, mas o jogo não estava fluindo como deveria. O que eu imagino é que mesmo assim a gente conseguiu o gol, que foi importante. Na segunda etapa, a partir do 2 a 0, a equipe adversária se abre um pouco mais. E nos deu tudo que queremos: campos para trabalhar. O que eu fico feliz, de uma forma geral, é que nós buscamos fazer tudo aquilo que foi treinado, trabalhado. No gol do Andreas, tivemos a pressão na saída, a retomada, a troca de lado, as infiltrações. Todos esses comportamentos para nós são muito importantes, foram treinados. A dinâmica mudou muito porque o adversário se expôs um pouco mais.