O sábado marca o aniversário de 27 anos do dia em que a seleção brasileira firmou um novo pacto de amizade com a torcida. Em 17 de julho de 1994, o Brasil se tornava tetracampeão mundial de futebol.
Mas você se lembra como foi essa conquista e o que acontecia no mundo naquele ano?
Os Estados Unidos concorreram com Brasil e Marrocos pelo direito de sediar aquela copa. O anúncio do vencedor da disputa aconteceu em 4 de julho de 1988, aniversário de independência norte-americana, reforçando que o país tinha levado a melhor.
O desafio era lotar os estádios com os amigos americanos com um torneio que não era tão popular entre eles. No fim, as arenas ficaram lotadas, e a competição acabou sendo um sucesso em organização e presença de público.
Nas eliminatórias, o Brasil só se classificou no último jogo, vencendo o Uruguai por 2 a 0 com dois gols de Romário. Ignorado pela seleção até um ano antes da Copa, o camisa 11 fez cinco gols no torneio: três na primeira fase, um nas quartas e um nas semifinais.
Mas ele não brilhou sozinho. Bebeto formava uma dupla de ataque rara com Romário. A parceria começou em 1988, nas Olimpíadas de Seul, e terminou em 1997. Ao todo, os amigos fizeram 31 dos 45 gols marcados pelo Brasil no período.
Com o futebol extremamente eficiente e um grupo liderado por Romário, a seleção conquistou o título ao bater a Itália na final. O momento da seleção europeia, porém, era bem diferente da brasileira.
A Itália passou pela fase grupos por um fio. Fez os mesmos 4 pontos de México, Irlanda e Noruega, mas passou pelo Grupo E pelos critérios de desempate. Aí, cresceu na disputa, vencendo os inimigos e avançando sempre com vitorias mínimas.
Chegaram à decisão duas seleções que não eram brilhantes, mas que tinham jogadores decisivos. Do lado da Itália, Franco Baresi e Roberto Baggio. Do lado do Brasil, Romário e Bebeto.
Foi um jogo tenso e equilibrado. As duas equipes empataram por 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação. A briga pelo título foi para os pênaltis. E o Brasil foi campeão depois que Baggio mandou a bola por cima do travessão de Taffarel.
Esse momento de amizade entre seleção e torcedores teve um momento especial. O título foi comemorado também em homenagem ao tricampeão de Fórmula 1 Ayrton Senna, que faleceu em maio daquele ano.
Aquele ano ainda foi marcado por diversos marcos culturais fora dos gramados. Como a estreia do seriado Friends, do filme O Rei Leão e do vídeo-game PlayStation.
A edição também teve a falta de Diego Maradona, que poderia ter usado a Copa de 1994 para dar uma última prova de brilhantismo, mas que deixou o Mundial pela porta dos fundos ao cair no exame antidoping na goleada por 4 a 0 da Argentina sobre a Grécia.
Sem ele, a Argentina acabou eliminada nas oitavas de final, e o genial camisa 10 nunca mais participou de uma Copa do Mundo.
A Copa dos EUA, com uma bela marca de Romário, jamais será esquecida pelos amigos brasileiros.