A temporada 2024/25 da Liga Saudita com uma equipe que promete dar trabalho para os grandes - e não medirá esforços financeiros para isso. Trata-se do Al Qadsiah, o novo rico do futebol saudita, que acaba de subir para a elite.
Fundado em 1965, o Al Qadsiah nunca teve grande destaque no futebol saudita. As melhores campanhas da equipe foram entre 1992 e 1994, quando ganhou a Copa da Coroa do Príncipe em 1993 e a Copa Asiática dos Campeões de Copa em 1994.
Mas o cenário mudou a partir de 2023, quando foi adquirido pela companhia petrolífera estatal Aramco, que em 2023 foi avaliada como a segunda maior empresa do mundo pela Forbes, com um valor de mercado de 2 trilhões de dólares (cerca de R$ 11.1 trilhões), e, com grandes investimentos, subiu para a primeira divisão ao conquistar o título da Liga Príncipe Mohammad bin Salman, a segunda divisão do país.
Para isso, os donos do clube pretendem investir pesado em jogadores que já se destacaram pelo futebol europeu e ainda podem atuar em um bom nível pelos próximos anos.
Até o momento, o Al Qadsiah é a segunda equipe que mais gastou na janela de transferências do futebol saudita, com um valor de 59.2 milhões de euros (R$ 367 milhões) investidos, atrás apenas do Al Ittihad, que gastou 96.7 milhões de euros (R$ 599 milhões), sendo 60 milhões de euros (R$ 372 milhões) apenas em Moussa Diaby.
Reforços
Uma das principais apostas do time para mudar de patamar era a chegada do atacante argentino Paulo Dybala, que esteve muito próximo de se transferir para o Al Qadsiah e receber um salário de 25 milhões de euros (cerca de R$ 155 milhões) por temporada, em um contrato de três anos, mas o jogador decidiu desistir da negociação e optou por ficar na Roma.
A maior contratação até o momento é a do volante Ezequiel Fernández. O clube saudita desembolsou 18.7 milhões de euros (R$ 115 milhões) para tirar o jogador de 22 anos do Boca Juniors.
Outro que chega como um grande investimento é o atacante Pierre-Emerick Aubameyang, que tem passagens por Arsenal, Barcelona, Borussia Dortmund e, aos 35 anos, trocou o Olympique de Marselha pelo futebol saudita por 9 milhões de euros.
Apesar de estar investindo alto na montagem do elenco, o Al Qadsiah também aproveitou oportunidades de mercado e contratou destaques de equipes da Europa a custo zero. Foi o caso do zagueiro Nacho Fernandez, que foi capitão do Real Madrid na conquista da Liga dos Campeões de 2023/24.
Outros que chegaram “de graça” ao Al Qadsiah foram o meia uruguaio Nahitan Nández, que estava no Cagliari, e o goleiro belga Koen Casteels, ex-Wolfsburg.
Dinheiro grande, estádio pequeno
Mesmo com muito investimento, o Al Qadsiah possui um estádio modesto. Localizado em Khobar, a 425 km da capital Riade, o estádio Príncipe Saud bin Jalawi foi construído em 1982, com capacidade para 11.500 torcedores.
Mas isso está prestes a mudar. Com a realização da Copa da Ásia de 2027 na Arábia Saudita, o estádio foi escolhido como uma das sedes reservas do torneio e vai passar por uma grande reforma e modernização.