Como Maradona quase foi parar no Palmeiras em 1992

Da Redação, com BandNews FM

Maradona em ação pelo Napoli: El Pibe quase jogou no Palmeiras Reprodução/Twitter Napoli
Maradona em ação pelo Napoli: El Pibe quase jogou no Palmeiras
Reprodução/Twitter Napoli

Maradona tabelando com Edmundo e Evair, marcando um golaço no Morumbi lotado, correndo em direção à torcida do... Palmeiras. A cena impensável nunca aconteceu, mas poderia, caso o projeto alviverde desse certo. E foi por pouco, como lembra o dirigente esportivo José Carlos Brunoro.

“Fiquei 10 dias na Argentina tratando com o empresário dele [Maradona]. As coisas avançaram muito”, relembra Brunoro, então executivo da Parmalat em 1992, época em que a empresa italiana estava chegando ao Palmeiras com o cofre cheio, um patrocínio sem precedentes no futebol brasileiro.

“Não tive contato pessoal com ele, só teria na finalização do contrato. Praticamente no último dia o empresário veio falar que ele pedia desculpas, mas que seria muito duro para o povo argentino ele jogar no Brasil”, contou Brunoro à repórter Juliana Yamaoka, da BandNews FM, sobre o craque argentino que morreu nesta quarta-feira, 25, aos 60 anos.

Atual consultor estratégico do Cruzeiro, Brunoro revela que a ideia da Parmalat era chegar ao Palmeiras fazendo barulho, com um grande presente para a torcida alviverde. Por isso estremecer o futebol brasileiro com a presença de Maradona, de saída do Napoli.

“A Parmalat queria mostrar que estava querendo fazer um trabalho de fortalecimento do clube, em primeiro lugar. Era uma disposição técnica para mostrar que a gente queria grandes jogadores”, conta o executivo, lembrando que na época o Palmeiras amargava mais de 16 anos sem conquistar um título.

Marketing

A contratação também incluía, claro, uma estratégia de marketing.

“A Parmalat naquela época estava com grandes aquisições na América do Sul, e uma jogada como essa para a valorização da marca era muito importante. Tanto que, dois anos depois, a Parmalat patrocinou o Boca Juniors”, explica.

Maradona não foi para o Palmeiras, e acabou no Sevilla, da Espanha. E o Verdão conseguiu encerrar o jejum de canecos no ano seguinte, em 1993.

Confira a entrevista na íntegra:

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