A 47 dias da estreia da nova temporada 2021, a Fórmula 1 se prepara para enfrentar uma temporada com dois grandes desafios: pela primeira vez todas as equipes terão um teto de orçamento de 145 milhões de dólares que precisa ser respeitado. E pelo segundo ano seguido, a pandemia deve atrapalhar bastante a vida das equipes nas viagens entre as 23 etapas do ano.
A repórter Mariana Beker e o comentarista Reginaldo Leme conversaram com os apresentadores Glenda Kozlowski e Elia Jr no Show do Esporte, na Band, sobre os desafios das equipes para o ano e as expectativas pela reestreia da categoria na emissora após 40 anos.
O equilíbrio financeiro de equipes, que chegavam a gastar mais de 500 milhões de dólares até 2020, foi o primeiro desafio abordado. “Todos vão fazer muitas mudanças aerodinâmicas, pois os carros terão menos ‘downforce’, então vão ficar ‘menos grudados no chão’. Vão ter que rebolar para fazer um carro bom e ‘barato’. Serão menos testes. E aí, faz uma modificação e é com ela que vamos até o final. Não vai dar para ficar fazendo modificações”, explicou Mariana.
Reginaldo Leme questionou com será possível para a FIA conseguir vigiar os gastos de cada equipe. “São previstas multas pesadas no futuro para controlar isso, mas no momento serão mais brandas, até que as equipes também se acostumem. É muito difícil, o desenvolvimento fica muito travado, mas deve trazer um benefício para a disputa da categoria”, afirmou o comentarista.
Sobre as 23 etapas que terá que cobrir em 2021, Mariana Becker não escondeu que o ritmo é pesado. “Várias vezes já acordei em um hotel pensando: ‘tamo’ aonde?”, revelou a jornalista aos risos. “Eu deixo uma mala mais ao menos pronta. Sempre dou uma olhada na previsão do tempo, ou me preparo para lugares como oriente médio, onde não podemos usar shorts. Mas essa mudança cultural de um lugar para o outro é fantástica”, destacou a repórter.
Quem será campeão?
Reginaldo Leme não acredita em título da Red Bull, mas afirma que a nova dupla de Max Verstappen e Sergio Perez vai dar muito trabalho para a Mercedes em 2021. “O Perez vai forçar o Verstappen, e essa disputa interna leva a equipe toda para a frente”, analisou Reginaldo. “A vida boa do Verstappen acabou”, concordou Mariana, que ainda aposta em um motor Honda mais forte no último ano da marca na categoria, querendo provar que eles ainda podem ser competitivos.