O que difere a marcha atlética da corrida tradicional e qual a média de pace

Brasileiro Caio Bonfim garantiu a primeira medalha do Brasil na história da modalidade

De hoje, 1º de agosto ao dia 11, poderemos acompanhar diferentes provas de atletismo que envolvem a corrida e o Brasil já começou muito bem representado, com a medalha de prata na marcha atlética de Caio Bonfim.

Caio Bonfim, nascido em 19 de março de 1991 em Sobradinho, Distrito Federal, é um dos principais marchadores do Brasil. Filho de Gianetti Bonfim, também atleta de marcha atlética, ele se tornou um dos maiores nomes da modalidade no país. 

Conhecido por seu alto nível de dedicação e pela capacidade de suportar longas e intensas sessões de treinamento, Caio já representou o Brasil em várias edições dos Jogos Olímpicos e conquistou medalhas em competições como os Jogos Pan-Americanos e o Mundial de Atletismo. O atleta, que está em sua quarta Olímpiada, declarou que seu resultado é fruto de um compromisso que firmou consigo mesmo. Ele terminou em 39º em Londres-2012, quarto colocado na Rio-2016 e 13º em Tóquio-2020. 

A marcha atlética é um esporte que, infelizmente, ainda é muito banalizado, em especial pelo movimento de ‘rebolar’ que os atletas fazem durante sua corrida. Mas, nesses jogos, o Brasil tem grandes chances de aumentar o quadro de medalhas. Pela primeira vez na história teremos seis atletas representando o nosso país: além de Caio, Matheus Corrêa (ouro Ibero-Americano/24), Erica Sena (em sua terceira Olímpiada), Viviane Lyra (9ª do ranking mundial) e os estreantes olímpicos Gabriela Muniz e Max Batista.

Nesses jogos, teremos a novidade da prova de revezamento misto e o Brasil estará lá, com Caio e Viviane.

Mas o que é marcha atlética e quais as diferenças com a corrida tradicional?

Enquanto a corrida permite aos competidores mover-se livremente, a marcha atlética exige que um pé esteja em contato com o solo o tempo todo e que a perna de apoio permaneça reta desde o momento do primeiro contato até que esteja na posição vertical. Essas regras são fundamentais para garantir a ‘marcha’ e não uma corrida ou trote.

Em suma, na corrida, os atletas têm um momento de ‘voo’ onde nenhum dos pés toca o solo, e o outro, encontra-se no ar - o que permite uma passada mais longa. Já na marcha atlética, o movimento é mais controlado e com uma passada menor para manter o contato contínuo com o chão.

Devido às regras que restringem o movimento, a velocidade dos atletas na marcha atlética é geralmente menor do que na corrida. Mas não se engane, os marchadores de elite podem manter ritmos impressionantes em longas distâncias e deixar muitos corredores ‘tradicionais’ comendo poeira! A média de pace é de 3min57s. Ou seja, esse é o tempo que um atleta da marcha olímpica leva para completar 1km.

Dentre as demais competições de atletismo, os destaques estão nas finais dos 100 metros feminino e masculino nos dias 3 e 4 de agosto, respectivamente, e as emocionantes finais dos 400 metros com barreiras, com a feminina no dia 7 e a masculina no dia 8 de agosto. As provas de revezamento 4x100m terão suas finais nos dias 9 e 10 de agosto e a maratona feminina fechará o atletismo no dia 11 de agosto.

Além disso, será introduzida uma rodada de repescagem para as provas individuais de pista de 200m a 1.500m, incluindo as provas com barreiras, oferecendo uma segunda chance para os atletas se classificarem para as semifinais.

Bora nos inspirar? 

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