Há 10 anos aconteceu a primeira luta entre mulheres no UFC. Ronda Rousey derrotou Liz Carmouche e popularizou ainda mais o MMA feminino, que já era importante na época. Agora existem 5 categorias de peso para as mulheres no UFC, com muita rivalidade e brasileiras talentosas - Amanda Nunes, por exemplo, é a atual campeã em duas categorias.
E justamente quando o UFC feminino completa 10 anos, três mulheres vão representar o Brasil em um grande evento: Viviane Araújo, Amanda Ribas e Tabatha Ricci participarão do UFC 285, neste sábado (4).
Atualmente o Brasil tem 5 mulheres no top 15 de melhores lutadoras, independente do peso. Saiba quem são.
Amanda Nunes (campeã peso galo e peso pena)
A “Leoa” dominou o UFC nos últimos 8 anos. Desde 2015 só perdeu uma vez. Venceu 12 vezes, derrotando os principais nomes do MMA feminino, como Ronda Rousey, Cris Cyborg, Valentina Schevchenko, entre outras.
Em 2021 Amanda perdeu para Julianna Pena, mas venceu a revanche no ano seguinte. E assim completou 22 vitórias na carreira, com apenas 5 derrotas.
Especula-se que a próxima luta de Amanda será contra Irene Aldana, 5º lugar no ranking peso galo. Mas não está confirmado pelo UFC até agora.
Jessica Bate-Estaca (7ª posição geral)
Jessica já foi campeã no peso palha, mas também lutou em outras categorias do UFC. Recentemente ela venceu no UFC Rio, mas aceitou substituir uma brasileira no mês seguinte, em outro peso. Acabou perdendo para Erin Blanchfield.
Jessica admite que precisa focar em uma categoria só e pretende se firmar como peso palha. Atualmente ela está na 4ª posição no ranking dessa categoria e quer enfrentar a campeã Zhang Weili no Brasil - isso porque a chinesa derrotou a brasileira na China e lhe tirou o cinturão.
Amanda Lemos (9ª posição geral)
Amandinha também está de olho no cinturão peso palha. Ela está em 3º lugar no ranking dessa categoria atualmente.
No passado recente, entre 2019 e 2021, Amanda derrotou 5 lutadoras na sequência. Depois perdeu para Jessica Bate-Estaca, mas já se recuperou, com outras duas vitórias. Aos 35 anos, ela tem pressa para chegar a uma disputa de título.
Taila Santos (10ª posição geral)
Recentemente Taila teve a chance de conquistar o cinturão do peso mosca, mas foi derrotada pela campeã Valentina Shevchenko, dominante na categoria.
Depois ela teve marcada contra Erin Blanchfield, mas não conseguiu realizar por causa de problemas com o visto. Essas decepções a colocam em um momento difícil. Mas tem apenas 29 anos e muito tempo para crescer no UFC feminino.
Marina Rodriguez (12ª posição geral)
Marina venceu 3 lutas seguidas em 2021, mas perdeu para Amanda Lemos no final do ano passado. Isso interrompeu o crescimento dela.
Aos 35 anos, Marina precisa de uma recuperação rápida e deve enfrentar outra brasileira experiente, Virna Jandiroba, em maio, no UFC 288. A informação tem sido especulada em sites especializados, mas não foi confirmada oficialmente por enquanto.
Promessas para o futuro
O UFC tem mais brasileiras que não estão no top 15, mas aparentam ter um bom futuro pela frente. Ketlen Vieira derrotou recentemente Miesha Tate e Holly Holm, nomes importantes do peso galo. Perdeu para Raquel Pennington em janeiro deste ano, mas segue bem cotada na categoria.
Karol Rosa, peso galo de apenas 28 anos, fez 6 lutas no UFC e venceu 5. Josiane Nunes, de 29 anos, venceu no UFC Rio e provou que pode lutar em alto nível, mesmo em diferentes categorias. Luana Pinheiro, também com 29 anos, é promessa do peso palha, com duas vitórias em 2021 e retorno marcado para abril deste ano. Temos ainda Mayra Bueno Silva, peso galo que tem 3 vitórias consecutivas, inclusive uma em fevereiro.
Brasileiras do UFC 285
O UFC 285 tem um duelo de duas brasileiras no peso mosca. Viviane Araújo enfrentará Amanda Ribas. Ambas perderam nas lutas mais recentes, em 2022, mas já conseguiram vitórias importantes antes disso.
Outra brasileira nesse evento será Tabatha Ricci, que tem 28 anos e buscará a terceira vitória consecutiva no UFC. Apelidada como “Baby Shark”, ela enfrentará a experiente americana Jessica Penne, de 40 anos.
