Duelo UFC

"Nova Amanda Nunes"? Mayra Sheetara admite que sente pressão no UFC

Mayra assumiu o 3º lugar no ranking do peso galo, está perto de lutar pelo cinturão e vê um lado positivo nessa pressão para substituir a "Leoa"

Por Allan Brito

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Conheça os campeões do UFC, detalhes das lutas, datas dos próximos eventos, curiosidades sobre os atletas e relembre momentos históricos. O blog Duelo, do jornalista Allan Brito, esquenta a nova cobertura do UFC na Band

Recentemente Mayra Sheetara se consolidou como uma das principais esperanças para o Brasil no UFC. Ela conquistou 4 vitórias consecutivas, inclusive com uma finalização impressionante no último domingo (16), e apareceu na 3ª posição do ranking do peso galo, divulgado nesta terça (18). Essa categoria era dominada pela brasileira Amanda Nunes, que se aposentou em junho. Mayra admite que existe uma pressão para o surgimento de uma lutadora que ocupe o espaço deixado por Amanda.

"O UFC está procurando isso. Os fãs estão procurando isso. O Brasil precisa disso. A gente tem um cinturão só. Seria mentira da minha parte dizer que eu não sinto uma pressão. Sinto sim, porque na minha divisão sou a brasileira mais próxima de poder disputar o cinturão", admitiu Mayra, em entrevista ao Duelo na semana passada.

Sheetara tenta ver o lado positivo dessa pressão. "É uma pressão gostosa. Como meu tio falou para mim, 'prego que se destaca toma martelada na cabeça'. Então você tem essa pressão, mas é uma pressão boa, uma pressão gostosa".

Mayra tem chances de disputar o cinturão na próxima luta. Mas duas lutadoras estão acima dela no ranking e podem fazer esse combate valendo título: Julianna Peña e Raquel Pennington.  

Na 4ª posição do ranking tem outra brasileira, Ketlen Vieira, que lutará contra Pannie Kianzad no sábado (22) e também pode se crendeciar a uma disputa pelo cinturão.

Melhor MMA feminino do mundo?

Mesmo sem Amanda Nunes na ativa, existem motivos para acreditar que o Brasil tem o melhor MMA feminino do mundo atualmente. Quem defende essa tese é Norma Dumont, principal lutadora do peso pena - outra categoria que era dominada por Amanda Nunes.  

"Eu não tenho dúvidas que o MMA feminino mais forte do mundo é do Brasil. Isso é fato. Eu falo isso sempre. As outras não têm a pegada que a gente tem, elas não têm a coragem e a disposição que a gente tem. Isso é um fato porque o treinamento no Brasil é muito duro, muito intenso mesmo. Fora do Brasil elas não apanham. Eles protegem muito. Pra gente chegar no nível profissional no Brasil, a gente passa por tanto perrengue e tanto couro que a pessoa fica dura por bem ou por mal, porque não tem muito essa coisa de mulher e homem no Brasil não. O pau tora pra todo mundo", explica ela.

Norma derrotou Chelsea Chandler no último domingo e quer lutar pelo cinturão do peso pena, mas o UFC ainda não decidiu se a categoria vai continuar existindo. Na categoria abaixo, peso galo, Norma está na 12ª posição no ranking.

Brasil nas outras categorias femininas

Além das divisões de peso que eram dominadas por Amanda Nunes, o UFC tem mais duas categorias femininas.  

No peso palha o Brasil pode ser campeão daqui a um mês: Amanda Lemos vai disputar o cinturão contra a campeã Zhang Weili no UFC 292, em 19 de agosto.

No peso mosca a campeã é a mexicana Alexa Grasso, que vai enfrentar a russa Valentina Schevchenko em 16 de setembro. A principal brasileira dessa categoria atualmente é Taila Santos, que ocupa o 3º lugar no ranking e vai enfrentar Erin Blanchfield em 26 de agosto. Se vencer, Taila deve disputar o cinturão em breve.

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