Recentemente a americana Chelsea Chandler criticou o MMA feminino. Disse que as lutadoras do UFC não possuem “instinto matador”. Neste sábado (14) ela vai enfrentar a brasileiro Norma Dumont, que falou com o Duelo e discorda dessa visão.
“A Chelsea só quer tentar se apresentar para o UFC como a matadora da divisão. Mas para mim isso só parece uma atleta burra, que anda para frente dando soco direto e cruzado o tempo inteiro, tentando ‘matar’ as pessoas. E quando ela não consegue, arruma confusão. É muito erro técnico, muita falha técnica. Ela é grande, mas não me parece forte. Talvez será um choque de realidade, porque no UFC as mulheres da categoria são grandes. Ela é alta, é grande, mas nunca enfrentou uma atleta com um físico melhor que o dela”, afirmou Norma.
A brasileira destacou que Chelsea só fez uma luta no UFC até agora - conseguiu derrotar Julija Stoliarenko por nocaute. Mas de acordo com Norma, era uma adversária de baixo nível, assim como as outras 5 adversárias dela.
“Esse instinto matador dela é só burrice mesmo. Você andar em linha reta na direção de um atleta com o porte pesado é muito perigoso. Ela falou muita m…. Mas eu vou bater nela e, depois que eu bater nela, eu vou explicar que ela está em uma organização diferente e precisa parar de falar. Precisa melhorar tanto o físico quanto a técnica dela. Porque, na minha visão, todo mundo tem seu perigo, mas ela é ruim. Talvez ela ainda não saiba, mas ela vai descobrir”, prometeu Norma.
Fim do peso pena feminino?
A luta entre Norma e Chelsea será disputada no peso pena feminino. Mas essa divisão está prestes a acabar no UFC. O cinturão era de Amanda Nunes, que se aposentou no mês passado. A categoria, que não tem sequer um ranking das melhores lutadoras, também não tem uma campeã neste momento.
Norma queria o cinturão o peso pena e até desafiava Amanda publicamente, mas esperava que a aposentadoria dela viesse logo - tanto pelo aparente cansaço da campeã quanto por um aviso que recebeu nos bastidores. “Quando derrotei a Karol Rosa, a gente entrou em contato com os membros do UFC pedindo a confirmação da luta contra a Amanda. E a resposta foi ‘olha, eu acho que a Amanda não luta mais’”.
Depois que Amanda se aposentou, a equipe de Norma entrou em contato novamente com o UFC. “Meu empresário ligou para os organizadores do UFC e a resposta que ele teve a princípio é que provavelmente fechariam a divisão e ponto”.
Mas ela acredita que ainda é possível salvar a categoria. “Se eu apresentar um grande show contra a Chelsea, um espetáculo, e trazer o que o UFC quer, que é uma cara para a divisão, a cara de uma nova campeã, pode ser que o UFC invista. Mas está tudo em uma linha muito delicada. Está a ponto de fechar a qualquer momento. A gente está sem saber o que fazer”.
Questionada sobre o motivo desse possível fechamento, Norma diz que é apenas uma escolha do UFC e faz uma comparação. “Acho que é uma má vontade do UFC mesmo. Eles fizeram isso muito tempo com a divisão do mosca masculino. Eles falaram que iam fechar porque não tinha atleta. E aí um belo dia eles acordaram e falaram que iam investir na divisão. E aí apareceu aquele monte de atletas. É uma divisão extremamente movimentada, com lutas animadíssimas. A gente viu o Pantoja pegando o cinturão agora. São lutas incríveis".
Se Norma derrotar Chelsea, já definiu o que vai falar para animar a categoria: “já temos nomes para chamar. Germaine de Randamie foi a primeira campeã do peso e é uma atleta duríssima. Só tem duas derrotas no UFC, para a Amanda. É uma atleta interessantíssima. Venceu a Holly de uma forma bem contundente, no alto. Foi uma luta espetacular e ela está retornando ao UFC em novembro e dezembro”, sugeriu Norma.
O UFC deve realizar um evento no Brasil em novembro, então Norma já pode sonhar com uma disputa de cinturão no país. Seria uma ótima forma do UFC mostrar que vai investir na categoria.
