"Nerds" merecem virar moda no UFC? Veja retrospecto total

Academia Fighting Nerds já viralizou após grande vitória de Carlos Prates e foto com Jon Jones

"Nerds" merecem virar moda no UFC? Veja retrospecto total
Carlos Prates com o óculos da Fighting Nerds
UFC/ Reprodução

É indiscutível: depois da vitória impressionante de Carlos Prates no último sábado (9), a academia brasileira Fighting Nerds se tornou a principal moda do UFC. O "hype" vai além dos resultados octógono: atletas históricos, como Jon Jones e Aljamain Sterling, usaram até o óculos icônico em uma foto que viralizou.  

Mas será que a Fighting Nerds merece toda essa badalação? E qual é o real potencial dos atletas da academia?

Os resultados até agora são incontestáveis. Os lutadores que treinam na academia venceram 80,6% dos combates que fizeram no UFC:

Caio Borralho: 9 vitórias
Carlos Prates: 5 vitórias
Jean Silva: 4 vitórias
Mauricio Ruffy: 2 vitórias
Thiago Moisés: 1 vitória e 1 derrota
Kaynan Bahia: 1 vitória e 2 derrotas
Bruna Brasil: 3 vitórias e 2 derrotas
Jair Farias: 1 derrota

Essa lista contabiliza inclusive as lutas do reality show Dana White's Contender Series, que são profissionais, mas servem como avaliação para o atleta assinar ou não um contrato com o UFC.

O sucesso vai além dos resultados. O que impressiona é que a maioria das lutas foi vencida com grande superioridade. A impressão que os principais lutadores (Borralho, Prates, Silva e Ruffy) já chegaram no UFC em um nível acima.

Já contei a história da Fighting Nerds no Band.com.br, após entrevista com o técnico e fundador Pablo Sucupira. O que me chamou atenção foi uma visão diferente dele sobre a luta: “Lutar é como fazer um vestibular. Se você tiver muito emocionado, com muita raiva, você não vai pensar. Então a gente achou um estado de espírito em que a razão funciona melhor que a emoção dentro do octógono. Isso fez com que os atletas entendessem melhor o adversário, entendessem melhor eles mesmos, e entendessem melhor o caminho para ganhar a luta””.

Esse estado de espírito é visível na frieza dos lutadores e faz muita diferença. Mas se a academia tem resultados, tem uma boa filosofia e parece sobrar no octógono, o que falta para ser realidade?

Falta um nível de enfrentamento maior. Por enquanto apenas Borralho enfrentou adversários do top 10. Tudo indica que outros atletas chegarão lá, como prevê Sucupira: "Essa onda Fighting Nerds está só na metade".

Que não seja moda e vire uma onda ainda maior.

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