Cem anos depois e pela terceira vez na história, os Jogos Olímpicos de Verão estarão em uma de suas principais casas. Pelo menos a versão moderna, criada pelo francês Pierre de Coubertin.
O histórico educador parisiense é considerado o pai dos Jogos como conhecemos e foi também fundador do Comitê Olímpico Internacional. Grande responsável por pessoalmente promover o esporte em seu país, Coubertin foi decisivo para que o ‘espírito olímpico’ da Grécia Antiga fosse retomado.
É bem verdade que a primeira edição foi inclusive realizada em Atenas, no ano de 1896. Mas atraiu pouco mais de 245 competidores de 14 países. Considerado sucesso absoluto por oficiais gregos, os jogos chamaram a atenção do mundo, que tiveram na segunda vez, em Paris, uma competição inesquecível. Quatro vezes mais atletas e muito mais público, com estreia de esportes importantes, como tênis e vela.
Em 1924, Paris novamente recebeu uma edição olímpica da Era Moderna, a última sob a presidência de Pierre de Coubertin. 100 anos depois, a cidade luz receberá novamente o maior evento esportivo do planeta. Um recorde, ao lado de Londres (1908, 1948, 2012). E novidades não faltam.
1) ABERTURA NÃO SERÁ EM UM ESTÁDIO
Pela primeira vez na história de uma edição olímpica da Era Moderna, os Jogos não terão abertura em um estádio. Mas nem por isso serão portas abertas de forma menos especial.
As margens do histórico Rio Sena, com embarcações de cada uma das delegações, bem perto dos melhores pontos turísticos no coração da cidade está bom para você? Mais de 600 mil pessoas vão poder acompanhar o trajeto, o que aumenta o desafio de segurança, mas promete um espetáculo único.
2) IGUALDADE DE GÊNERO
Os mais de 10 mil atletas estarão pela primeira vez na história divididos de forma igualitária em relação a gênero.
3) ESTREIA DO BREAKING
Entre os 32 esportes e 329 eventos, o gingado do breakdancing vai chamar a atenção. A modalidade que foi sucesso nos Jogos Olímpicos da Juventude em Buenos Aires, 2018, faz parte de uma estratégia do COI em aproximar o público jovem da olímpiada.
4) SURFE NO TAITI
Um dos principais destaques em Tóquio 2020, o surfe vai ser disputado bem longe da França. Mais de 15 mil quilômetros até o Taiti, quebrando o recorde de medalha mais longe da cidade-sede a ser disputada na história.
5) MESMO EMBLEMA NOS JOGOS OLÍMPICOS E PARALÍMPICOS
Pela primeira vez, o mesmo emblema será usado nas edições olímpicas e paralímpicas. A figura que é a junção da medalha de ouro, da chama olímpica e Marianne, importante símbolo da Revolução Francesa, dá todo o sentido de igualdade de condições que a edição promete mostrar.