São Paulo comemora 30 anos do título mundial de 1992; veja os gols

Tricolor venceu o Barcelona por 2 a 1 em Tóquio, no Japão, com o histórico gol de falta de Raí

Paulo Guilherme Guri

O São Paulo Futebol Clube comemora nesta terça-feira (13) os 30 anos da conquista do primeiro título mundial da história do clube. Foi em 13 de dezembro de 1992 que o Tricolor venceu o Barcelona por 2 a 1, no estádio Nacional de Tóquio, no Japão, e abriu a série de glórias mundiais (veja os gols no vídeo acima).

O torcedor sãopaulino que viveu aquela época ainda se apega às glórias que vêm do passado do São Paulo. O Tricolor foi o último clube brasileiro a ganhar o título mundial no formato da Copa Intercontinental, que reunia o campeão da Libertadores e o campeão da Europa (na época, o torneio europeu ainda não era chamado de Champions League).

Era um jogo único disputado do outro lado do mundo. Para ganhar o direito de disputar esse título inédito, o São Paulo ganhou pela primeira vez a Libertadores, derrotando o Newell's Old Boys, da Argentina, nos pênaltis. O Barcelona venceu a Sampdoria na final da Copa dos Campeões da Europa.

O time espanhol era dirigido pelo astro holandês Johann Cruyff. Era considerado o time dos sonhos. Tinha o experiente goleiro Zubizarreta, o zagueiro holandês Ronald Koeman, o meio-campista Pep Guardiola e os atacantes Hristo Stoichkov (búlgaro) e Michael Laudrup (dinamarquês).

O São Paulo era dirigido pelo mestre Telê Santana e vivia o auge de sua boa fase. O time tinha como destaques o goleiro Zetti, os laterais Vitor e Cafu, o zagueiro Ronaldão, o volante Cerezo, os meias Palhinha e Raí e o atacante Müller.

O Barcelona saiu na frente logo aos 12 minutos com um golaço de Stoichkov, que dominou a bola na entrada da área e chutou de pé esquerdo no ângulo de Zetti. O que parecia que seria uma goleada do Barça não se desenhou. O São Paulo controlou as ações no meio-de-campo com a eficiência de Cerezo e Pintado, o zagueiro Ronaldão tomou conta da defesa e, no ataque, brilhou o talento de Müller e Raí.

O gol do empate do São Paulo saiu ao 27 minutos do primeiro tempo, quando Müller deu um giro de corpo que enganou o lateral Ferrer e cruzou para Raí completar para o gol.

No segundo tempo, o Barcelona sentiu o domínio do São Paulo e pouco ameaçou. Tanto que o técnico Cruyff tirou um atacante (Beguiristain) para colocar mais um zagueiro (Nadal) e liberar Guardiola para criar. Não deu certo.

Mas foi com o histórico gol de falta de Raí que o São Paulo chegou à vitória. Aos 34 minutos do segundo tempo, o camisa 10 fez a jogada combinada com Cafu e chutou cruzado, sobre a barreira, enganando Zubizarreta.

No ano seguinte, o São Paulo foi bicampeão mundial derrotando o Milan na final em Tóquio por 3 a 2. Em 2000, a Fifa testou um novo sistema de competição com mais equipes, e o Corinthians foi campeão do primeiro Mundial de Clubes da entidade. Mas a Copa Intercontinental continuou sendo disputada. Grêmio (1995), Cruzeiro (1997), Vasco (1998) e Palmeiras (1999) disputaram a final, mas perderam para os clubes europeus. A última edição da Copa Intercontinental foi em 2004.  

A partir de 2005, a Fifa instalou de vez o Mundial de Clubes, com representantes de todas as confederações. Coincidência ou não, o São Paulo foi campeão, em seu terceiro título mundial, vencendo o Liverpool na final.

São Paulo 2 x 1 Barcelona

  • Data: 13/12/1992
  • Gols: Stoichkov aos 12 minutose Raí aos 27 minutos do primeiro; Raí aos 34 minutos do segundo tempo.
  • São Paulo: Zetti; Vitor, Adilson, Ronaldão e Ronaldo Luis; Toninho Cerezo (Dinho), Pintado e Raí; Cafu, Palhinha e Müller. Técnico: Telê Santana.
  • Barcelona: Zubizarreta, Ferrer, Koeman, Guardiola e Euzébio; Bakero (Goicoechéa), Amor, Witschge e Beguiristiain (Nadal); Stoichkov e Laudrup. Técnico: Johann Cruyff
  • Árbitro: Juan Carlos Lostau (ARG)
  • Público: 60 mil pagantes
  • Local: Estádio Nacional de Tóquio, no Japão

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