Messi se despede das Copas como rei e deixa o caminho pronto para Mbappé

Craque argentino merece mais do que ninguém esse título; e o artilheiro da França mostrou que está pronto para ser gigante

Paulo Guilherme Guri

Messi conquista a Copa do Mundo e Mbappé sai como artilheiro Reuters
Messi conquista a Copa do Mundo e Mbappé sai como artilheiro
Reuters

Lionel Messi merece. A Argentina merece. Que jogo, que final, que Copa! 

Nem o mais completo roteirista dos maravilhosos filmes argentinos seria capaz de traçar um enredo tão perfeito para coroar a história de Messi como essa final de Copa do Mundo entre Argentina e França. Teve brilho, teve drama, teve angústia, teve um rival aparentemente batido que, de repente, adquire uma força descomunal. A França foi gigante. E o Mbappé então?

Que bom que as novas gerações puderam presenciar essa façanha de Messi, como os seus pais viram a genialidade de Maradona e outros, não tão velhos assim, conferiram a volta por cima inesquecível de Ronaldo em 2002. 

Cada um com seu lugar na história, e Messi chega agora ao seu latifúndio no Olimpo. Uma serenidade absurda para cobrar pênaltis no tempo normal e na decisão final. A tranquilidade para não se desesperar mesmo depois de a França empatar um jogo que parecia ganho. E a capacidade de contagiar seus companheiros com a sua calma.

Emiliano Martínez, o goleiro que coloca a Argentina de volta ao título de país de grandes arqueiros, como foram Amadeo Carrizzo, Hugo Gatti, Ubaldo Fillol, e o pegador de pênaltis Sergio Goycoechea. Evitou o título da França no último lance do jogo e foi gigantes nos pênaltis,

O parceiro Angel Di Maria, outro que provavelmente se despede das Copas com uma atuação de gala na final.

O técnico Lionel Scaloni, genial na maneira de armar a equipe, humilde para saber montar um timaço de parças - os ex-jogadores Walter Samuel, Pablo Aimar e Robero Ayala - e surpreender o supercampeão Didier Deschamps. E capaz de chorar, de chorar muito.

De Paul, MacAllister, Molina, Dybala, a Argentina fez por merecer esse título. 

E a França foi guerreira, foi cirúrgica, impiedosa. Kylian Mbappé fez três gols em uma final de Copa do Mundo, foi o artilheiro com oito gols e mostrou que é sim o melhor jogador do mundo, o jogador que mais se assemelha fisicamente, no poder de arrancada, na capacidade de finalizar com tamanha precisão, a ninguém menos que Pelé. Se vai chegar lá, logo veremos. O caminho está traçado.

Obrigado Mbappé, obrigado Messi! Vocês mostraram o quanto o futebol é maravilhoso!

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