O goleiro Hugo Lloris tem dois motivos especiais para se motivar ainda mais para o jogo entre França e Argentina neste domingo (18), final da Copa do Mundo de 2022.
O primeiro é a chance de recuperar a imagem ruim deixada na decisão de 2018 quando, mesmo com a França sendo campeã, cometeu uma falha feita no segundo gol sofrido diante da Croácia, quando tentou driblar Mandžukic, perdeu a bola e levou o gol mais ridículo entre todas as finais de Copa. A sorte de Lloris é que a França já tinha feito quatro gols quando ele falhou.
O segundo motivo é histórico: se a França for campeã novamente, conquistando seu terceiro título mundial, o segundo consecutivo, e se tornar o único capitão de uma seleção a levantar a taça de duas Copas do Mundo diferentes. Em 22 Copas, nunca o capitão campeão se repetiu.
Todos os capitães campeões do mundo
- 2018: Lloris (França)
- 2014: Lahm (Alemanha)
- 2010: Casillas (Espanha)
- 2006: Cannavaro (Itália)
- 2002: Cafu (Brasil)
- 1998: Deschamps (França)
- 1994: Dunga (Brasil)
- 1990: Matthäus (Alemanha)
- 1986: Maradona (Argentina)
- 1982: Dino Zoff (Itália)
- 1978: Passarella (Argentina)
- 1974: Beckenbauer (Alemanha)
- 1970: Carlos Alberto (Brasil)
- 1966: Moore (Inglaterra)
- 1962: Mauro Ramos (Brasil)
- 1958: Bellini (Brasil)
- 1954: Fritz Walter (Alemanha)
- 1950: Obdullio Varela (Uruguai)
- 1938: Meazza (Itália)
- 1934: Combi (Itália)
- 1930: Nazassi (Uruguai)
Lloris é capitão da seleção da França há dez anos. Quem o escolheu para a função foi o ex-zagueiro Laurent Blanc, campeão mundial em 1998, quando era o técnico da seleção. Seu sucessor Didier Deschamps, capitão do time de 1998, manteve o camisa 1 com a braçadeira.
Goleiro do Tottenham, Lloris está invicto nesta Copa. A única derrota da França no Catar foi para a Tunísia, quando jogou com os reservas. Quem estava no gol era o suplente Steve Mandanda. Nos cinco jogos que disputou, Lloris sofreu quatro gols. Sempre jogando com seriedade, manteve na cabeça a lição aprendida com a falha na final de 2018 para seguir, até agora, com uma Copa corretíssima.
No jogo desta quarta-feira (14) contra Marrocos, Lloris contou ainda com uma dose de sorte quando o ataque de Marrocos pressionou. Foi salvo até pela trave.