Leão foi o goleiro mais jovem e o mais velho do Brasil em Copas; veja recordes

Ele disputou duas Copas como titular e duas como reserva, além de ter o recorde de minutos sem levar gols em Copa

Paulo Guilherme Guri

Leão foi a duas Copas como titular e duas como terceiro goleiro
Arquivo/CBF

Emerson Leão foi ao mesmo tempo o mais jovem e o mais velho goleiro a integrar o elenco da Seleção Brasileira em Copas do Mundo. Ele esteve presente em quatro Copas: 1970 (como terceiro goleiro), 1974, 1978 (ambas como titular) e 1986 (novamente como terceiro goleiro). Ele tem uma história de 107 jogos com a camisa 1 da Seleção Brasileira e uma galeria de recordes:

Recordes de Leão

Goleiro mais longevo na Seleção: 16 anos, um mês e 24 dias entre sua estreia em 08/03/1970 e a última partida, em 30/04/1986

Goleiro brasileiro com mais convocações em Copas: quatro (1970, 1974, 1978 e 1986), ao lado de Castilho (1950, 1954, 1958 e 1962)

Goleiro brasileiro mais jovem convocado para uma Copa: 20 anos e 11 meses na Copa de 1970

Goleiro brasileiro mais velho convocado para uma Copa: 36 anos e 11 meses na Copa de 1986

Goleiro brasileiro que mais tempo ficou sem levar gols em Copas do Mundo: 4 jogos completos e um total de 457 minutos entre Brasil 1 x 1 Suécia, dia 3/6/1978, e Brasil 3 x 1 Peru, dia 21/6/1978

Menor média de gols sofridos pela Seleção: 0,65 gols por jogo (70 gols em 107 jogos)

Maior percentual de jogos sem sofrer gols pela Seleção: 53% (56 dos 107 jogos que disputou

Recordes de outros goleiros

Goleiro mais jovem a jogar pela Seleção: Marcos Carneiro de Mendonça, com 19 anos, 7 meses e 26 dias no primeiro jogo da história, Brasil 2 x 0 Exeter City, dia 21/7/1914

Goleiro mais velho a jogar pela Seleção: Gylmar dos Santos Neves, com 39 anos, 2 meses e 20 dias em seu último jogo, Brasil 2 x 1 Inglaterra, dia 12/6/1969

Goleiro mais jovem a jogar pelo Brasil em uma Copa do Mundo: Roberto Gomes Pedrosa, com 20 anos, 11 meses e 19 dias em Brasil 1 x 3 Espanha, dia 27/5/1934

Goleiro mais velho a jogar pelo Brasil em uma Copa do Mundo: Gylmar dos Santos Neves, com 36 anos, 3 meses e 18 dias em Brasil 1 x 3 Hungria, dia 15/71966

Goleiro da Seleção a ficar mais tempo sem levar gols: Taffarel, 8 jogos completos e um total de 830 minutos entre Brasil 3 x 1 Venezuela, dia 1/7/1989, e Brasil 1 x 1 Chile, 13/8/1989

Quatro copas 

Tinha 20 anos quando foi chamado para a Copa do Mundo do México. Já se destacava no gol do Palmeiras com sua agilidade e personalidade forte. Muitos achavam que Leão deveria ser o titular da Seleção apesar da pouca idade, mas o técnico Zagallo preferiu confiar na experiência de Félix. O goleiro Ado, do Corinthians, foi o reserva imediato.

A conquista do tri no México, mesmo como reserva, é o único título de Leão na Seleção. Ele ganhou uma réplica da Taça Jules Rimet, mas teve o troféu roubado de sua casa em São Paulo no domingo (6).

Leão só se tornaria titular da Seleção em uma Copa do Mundo em 1974. Teve boas atuações e fez uma defesa incrível em um chute de Johan Cruyff no duelo contra a Holanda. Mas não conseguiu impedir a derrota para o Brasil por 2 a 0. Na disputa do terceiro lugar, contra a Polônia, levou um gol do carequinha Lato, que usou a avenida deixada pelo lateral-esquerdo Marinho Chagas para avançar sozinho e marcar. Após a partida, Leão partiu para cima de Marinho Chagas para tirar satisfação.

Em 1978, na Argentina, Leão ajudou o Brasil a passar invicto nos seis jogos. Mas por causa do regulamento estranho, o Brasil ficou com saldo de gols menor que o da Argentina e foi disputar o terceiro lugar contra a Itália.

Decepção com Telê

Ainda em grande fase, Leão poderia ter disputado a Copa do Mundo de 1982, na Espanha. Mas o técnico Telê Santana preferiu levar Waldir Peres (São Paulo), Paulo Sérgio (Botafogo) e Carlos (Ponte Preta).

Aos 36 anos e dez meses, Leão foi chamado para a Copa do Mundo de 1986, no México, mas ficou como reserva do reserva. Telê preferiu deixar Carlos como titular e Paulo Victor (Fluminense) como primeiro reserva. Leão nunca se conformou com isso.

Volta à Seleção

Leão voltou à Seleção Brasileira como treinador em 2001. Ficou 98 dias no cargo, entre 3 de março e 9 de junho daquele ano. Foram nove jogos (duas vitórias, quatro empates e três derrotas). Saiu para a entrada de Luiz Felipe Scolari, que levaria o Brasil à conquista do penta em 2002.

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