Deschamps vai igualar marcas de técnico italiano e de Pelé se for campeão

Treinador da França pode se igualar a Vittorio Pozzo, bicampeão em 1934/38, e ganhar sua terceira Copa - ele tem uma como jogador

Paulo Guilherme Guri

Didier Deschamps pode ser o segundo técnico bicampeão do mundo da história
Hannah Mckay/Reuters

O técnico francês Didier Deschamps terá neste domingo (18) a oportunidade de se igualar ao italiano Vittorio Pozzo como único treinador bicampeão da Copa do Mundo. Pozzo dirigiu a Itália nos títulos de 1934 e 1938. Deschamps foi campeão como técnico em 2018 e pode levar a França ao título no Catar se sua equipe derrotar a Argentina na final.

Além disso, Deschamps pode alcançar Pelé no número de títulos mundiais. O Rei do Futebol é tricampeão como jogador, com os títulos em 1958, 1962 e 1970. Deschamps tem uma Copa como jogador (1998) e uma como técnico (2018). Acima deles, só Zagallo, que tem duas Copas como jogador (1958 e 1962), uma como técnico (1970) e uma como coordenador (1994).

Somente Deschamps, Zagallo e o alemão Franz Beckenbauer foram campeões do mundo como jogador e como técnico.

A carreira de Deschamps é impressionante. Como jogador, começou no Nantes e chegou à seleção principal da França aos 20 anos, depois de brilhar na seleção sub-20. Foram 11 anos como titular e 109 jogos disputados. Foi capitão da seleção campeã do mundo em 1998 e da Eurocopa em 2000.

Jogou também no Olympique de Marselha, Bordeaux, Juventus, Chelsea e Valencia. Foi duas vezes campeão europeu, com o Olympique e a Juventus. 

Sua carreira como treinador começou no Monaco, em 2001. Depois, treinou a Juventus e o Olympique de Marselha, até chegar à seleção da França em 2012, substituindo um ex-companheiro, o ex-zagueiro Laurent Blanc.

Deschamps sofreu a decepção de perder um título de Eurocopa em casa, em 2016, quando Portugal bateu a França na final por 1 a 0. Mantido no cargo, fez da França um time sólido e objetivo, sem dar muita brechas para o adversário. Assim, levou a seleção à conquista da Copa do Mundo de 2018 e pode repetir a dose agora, em 2022. 

Um dos seus segredos foi controlar o vestiário e amenizar conflitos no elenco. A saída de Karim Benzema às vésperas da Copa por contusão foi até um alívio para o treinador. Benzema continua inscrito e poderia inclusive jogar a final, mas Deschamps não fez questão nenhuma de ter o camisa 9 de volta. Mesmo as ausências de Pogba e Kanté, campeões em 2018, foram facilmente compensadas por Rabiot e Tchouameni. 

Deschamps recuou Griezmann para ser o armador do time, deu confiança para Giroud após ele ter passado a última Copa sem marcar, e soube explorar o talento de Mbappé. O desafio agora será ganhar da Argentina. Em 2018, a França ganhou dos rivais, com Messi e tudo, por 4 a 3.

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