Brasil segue sem vencer europeus em mata-matas de Copa desde 2002

França, Holanda, Alemanha, Bélgica e agora Croácia foram algozes da Seleção Brasileira. Até quando?

Paulo Guilherme Guri

Torcedoras choram a derrota do Brasil para a Croácia na Copa do Mundo de 2022 Hannah McKay/Reuters
Torcedoras choram a derrota do Brasil para a Croácia na Copa do Mundo de 2022
Hannah McKay/Reuters

Quando o Brasil ganhou sua primeira Copa do Mundo, em 1958, atropelou a França na semifinal e a Suécia na final. No bi, em 1962, passou o carro na Inglaterra nas quartas e bateu a Checoslováquia na decisão. Em 1970, venceu a decisão com uma goleada sobre a Itália na conquista do tri.

Veio o tetra de 1994, com vitórias sobre Holanda, Suécia e Itália. E no penta, em 2002, quem não se esquece da campanha superando Bélgica, Inglaterra, Turquia e Alemanha até ficar com a taça? Quem viveu, viu!

Já são quatro Copas seguidas em que o Brasil cai assim que encontra uma seleção europeia na fase de mata-mata (a partir das oitavas de final).

Em 2006, a Seleção Brasileira perdeu para a França por 1 a 0 nas quartas de final e sucumbiu (de novo) ao talento de Zidane.

Em 2010, depois de sair na frente da Holanda, também nas quartas, se perdeu no próprio nervosismo e levou a virada ainda no tempo normal.

Em 2014, o 7 a 1 fala por si. E muita gente se esquece que teve ainda a disputa do terceiro lugar diante da Holanda, e outra derrota, por 3 a 0.

Em 2018, o Brasil de novo cai diante de um europeu, a Bélgica, nas quartas: 2 a 1.

Chega 2022 e tudo parecia que seria diferente. Principalmente depois que Neymar fez um gol no final do primeiro tempo da prorrogação. Era só segurar o resultado. 

Mas o Brasil parece que desaprendeu a jogar contra os europeus. Não aprendeu nada com a derrota de 1982 para a Itália, quando empatou o jogo aos 23 minutos do segundo tempo e, em vez de segurar o resultado, tentou fazer mais gols. Acabou levando o terceiro gol de Paolo Rossi seis minutos depois e foi eliminado.

A derrota para a Croácia nos pênaltis vai doer mais que todas essas outras por tudo isso. O jogo estava ganho. Não foi como em 2018, que lamentamos o gol perdido por Renato Augusto que empataria a partida. Ou a culpa de quem não se posicionou direito para acompanhar Thierry Henry no lance de bola parada em 2006. 

A Seleção viu o veterano Luca Modric comandar todas as ações do jogo e levou um gol de contra-ataque faltando três minutos para a prorrogação acabar. Como explicar isso?

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