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Argentina dá aula para o Brasil de como fazer uma disputa por pênaltis

Craque Messi foi o primeiro a cobrar, goleiro Martínez fez a diferença e deixou holandeses nervosos; e Lautaro batendo o último com eficiência

Paulo Guilherme Guri

Messi foi o primeiro a cobrar os pênaltis para a Argentina  Bernadett Szabo/Reuters
Messi foi o primeiro a cobrar os pênaltis para a Argentina
Bernadett Szabo/Reuters

Lionel Messi pegou a bola e foi o primeiro a cobrar. O goleiro Emiliano Martínez estudou a maneira dos holandeses cobrar e esperou cada cobrança para sair em busca da bola. Defendeu as duas primeiras cobranças, ambas chutadas à meia altura. E sai vibrando, mostrando força, provocando. Deixando os jovens holadeses tensos a cada chute a gol.

Com essa vantagem no placar a Argentina segue a disputa com foco em executar bem os movimentos. Apenas o jovem Enzo Fernandez virou demais o pé e mandou para fora. Mesmo assim, a Argentina não se perdeu no nervosismo. Lautaro Martínez cobrou o último pênalti com calma e confiança. Como deve ser.

Argentino nunca foi especialista em pênaltis, mas os jogadores aprenderam como deve ser o processo de uma disputa por pênalti. Foi uma lição às duas custas. Custou pelo menos dois títulos de Copa América que a Argentina perdeu na sequência para o Chile, em 2015 e 2016. Messi e companhia aprenderam a lição.

O enredo de Argentina e Holanda foi muito parecido com o de Brasil e Croácia. A Argentina fez 2 a 0 e se sentiu segura e garantida na partida. O técnico Lionel Scaloni fez substituições e tudo parecia levar a uma classificação tranquila quando a Holanda reagiu e empatou o jogo. 

O segundo gol holandês saiu quase no final do jogo. Era para derrubar o moral de todo mundo. Como aconteceu com o Brasil ao levar o gol da Croácia no final da prorrogação em um jogo que estava ganho. A diferença é que teve 30 minutos para os argentinos colocarem os nervos no lugar.

Que o Brasil aprenda com os pênaltis de hoje. O craque do time bate logo de cara. Como fez Messi, e como fez o capitão da Holanda, Virgil Van Dick, que perdeu a cobrança. Mas foi lá cumprir o trabalho dele. O capitão do Brasil, de novo, nem apareceu para chutar pênalti.

E goleiro tem que fazer a diferença. O goleiro da Croácia fez. O da Argentina também. São quatro anos para encontrar os melhores em cada posição e em cada situação. Nas redes sociais, muita gente pediu para que Weverton, o catador de pênaltis do Palmeiras, entrasse no lugar de Alisson no final da prorrogação para pegar as cobranças dos croatas - Weverton foi herói do Brasil na conquista do ouro olímpico de 2016. Acho que teria funcionado.

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