Neymar, terapia e tietagem: como foi a coletiva de Diniz antes da estreia

Mostrando estar à vontade no posto de técnico da Seleção, técnico falou de Neymar "reconectado", fez brincadeiras, tietou Junior e imitou jornalista japonesa

Da Redação

Diniz durante treino da Seleção para duelo com a Bolívia
Vitor Silva/CBF

A primeira coletiva pré-jogo de Fernando Diniz no comando da Seleção Brasileira foi marcada pelo bom humor, com mistério, imitação e tietagem. E claro, Neymar. O astro do time, que vem de lesão, foi um dos assuntos mais falados da entrevista nesta quinta-feira (7), véspera da estreia do Brasil nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026, contra a Bolívia, no Mangueirão, em Belém (PA).

Diniz evitou cravar que o atacante jogará os 90 minutos do duelo desta sexta (8), mas garantiu que o jogador do Al Hilal, da Arábia Saudita, treinou esta semana “100%, de tempo e de intensidade”. Mas além da questão física, Diniz comentou a parte mental de Neymar, alvo de críticas após a Copa do Mundo de 2022.

Para o técnico, a estrela da companhia já chegou “mais leve” em Belém.

“Que ele consiga se reconectar com ele mesmo e ter prazer e alegria de jogar futebol. Com o futebol ele não tem nenhum problema”, declarou Diniz, que lançou mão de um clichê do esporte para exaltar o comandado.

“Ele e a bola foram feitos um para o outro”, disse.

Muito elogiado por Neymar, Diniz tratou de devolver e encher a bola do atacante.

“Neymar é um jogador que demora muito tempo para nascer outro. É muito especial, é muito muito, muito [enfatiza] fora da curva. É um dos grandes jogadores da história, independente do que ele vai ganhar daqui pra frente”, afirmou.

“Ele é uma pessoa tão boa como é como jogador. Um cara bom, generoso, que sabe compartilhar com os companheiros as coisas. Se perguntar para qualquer jogador, ele vai falar”, completou Diniz.

Terapia e foco no jogador  

Os elogios a Diniz, aliás, não ficaram restritos a Neymar. Outros nomes experientes na Seleção, como Casemiro, também exaltaram o trabalho e os métodos do treinador do Fluminense. Nesta quinta, o técnico comentou as declarações.

“Eu me sinto muito honrado e feliz, uma alegria muito grande. Faço [o trabalho] com muita naturalidade, nada diferente do que fiz na minha carreira inteira e que me trouxe aqui”, disse Diniz

“O foco do meu trabalho sempre foi promover o melhor do jogador. O foco muito grande no jogador fez com que eu desenvolvesse cada vez a mais a parte tática para que eles se sintam à vontade jogando, que tenham prazer, que isso se contraponha a esse mundo cruel que é o futebol, onde você não tem permissão ao erro. Essa minha maneira de ver o futebol fez com que eu desenvolvesse coisas que os jogadores gostam”, afirmou Diniz, que, formado em psicologia, revelou que os tempos “sofridos” de jogador moldaram treinador Diniz.

“Sofri muito quando jogava. Sou um técnico feliz. Para mim é terapêutico ser treinador. Ainda recebo para fazer isso”, declarou.

“A mais linda”

No fim, Diniz imitou o jeito de falar da jornalista japonesa Kiyomi Nakamura e posou para selfie com o ex-meia e atual comentarista Junior, da TV Globo – isso depois de dizer, sem saber da presença do Maestro na sala de coletiva, que viu na Seleção Brasileira da Copa do Mundo de 1982 como um dos incentivos para ser jogador de futebol.

“Eu tinha que ter falado: ‘a seleção mais linda que a gente viu jogar’”, encerrou, antes da foto.

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