Abel se diz orgulhoso do Palmeiras após eliminação: "Triste, mas de cabeça erguida"

Técnico do Palmeiras também falou da sequência da temporada e elogiou o Botafogo

Da redação

Abel Ferreira em partida do Palmeiras contra o Botafogo, pela Libertadores
Cesar Greco/Palmeiras

Abel Ferreira disse estar orgulhoso do time do Palmeiras depois do empate por 2 a 2 com o Botafogo, nesta quarta-feira (21), que teve um final emocionante com gol anulado, bola na trave e classificação do Glorioso para as quartas de final da Libertadores.

“Eu vivo de futebol, mas não vivo só de futebol. Orgulho, acho que fica mais uma vez uma demonstração daquilo que peço para os meus jogadores, sabendo que no futebol há três resultados: vitória, derrota e empate. Há coisas que não controlamos. Não controlamos a bola bater na trave no último segundo, ou se a bola bateu na mão do Gómez. Ou se no melhor momento do jogo levamos dois gols porque o nosso adversário foi extremamente letal, e foi melhor que o Palmeiras em 15 minutos dentro dos 90”, iniciou.

Eu disse no final aos meus jogadores: é difícil, caímos de forma digna contra o Flamengo e caímos contra o Botafogo com sentimento de orgulho. Tristes, mas de cabeça erguida - Abel Ferreira.

Com a eliminação, o Palmeiras não tem mais ‘Copas' para disputar na temporada. Fora da Copa do Brasil após derrota para o Flamengo, o time de Abel Ferreira fica apenas com a disputa do Campeonato Brasileiro.

“Os meus jogadores sabem, nós abdicamos de muito para fazer aquilo que gostamos. E ainda temos a sorte de sermos bem remunerados por isso. Eu sempre lhes digo que o dia que eu não sentir essa vontade e esse desejo de ganhar dos meus jogadores... eu não estou a 10 horas [de distância] do meu país e longe dos meus pais a fazer nada. Também sempre falei que no ano que o Palmeiras não ganhasse um título, eu não precisava continuar aqui”, seguiu.

Na conversa com a imprensa, o técnico português ainda falou que o Palmeiras lutará com todas as forças pelo Campeonato Brasileiro, última competição que restou para 2024.

“É como é, as regras são claras. Quando bate na mão antes do marcador [lance do Gustavo Gómez] fazer o gol, tem que anular, por mais que nos custe. É aceitar, estamos fora, e seguir. Estamos fora da Copa, contra o Flamengo, e fora da Libertadores contra o Botafogo. Vamos lutar até o fim pelo único objetivo que nos resta no ano [Brasileirão]”.

Depois de vencer o jogo de ida por 2 a 1, o Botafogo parecia com a classificação encaminhada ao abrir 2 a 0 já no segundo tempo no Allianz, nesta quarta.

Mas o Alviverde foi para cima, empatou e quase conseguiu a virada: o que seria o terceiro gol, de Gustavo Gómez, aos 49 minutos da etapa final, foi anulado por toque de mão após revisão no VAR.

Como se não bastasse, Gabriel Menino carimbou a trave em cobrança de falta praticamente no último lance, o que também forçaria uma disputa por penalidades.

Outras respostas de Abel

“Devíamos ter feito um gol primeiro”

Isso é o que me enche de orgulho. É olhar para a nossa equipe. Foi um mês, pela dureza do sorteio, é sorte, não tem como alterar… Tivemos muitos problemas físicos, outros emocionais. Na minha opinião, fizemos um grande jogo. E infelizmente, tirando os primeiros 15 minutos, nós deveríamos ter entrado primeiro no jogo, devíamos ter feito um gol primeiro. Mas essa equipe é isso que vocês veem. Sofremos um gol esquisito, depois de um lateral, a seguir sofremos o segundo. Continuamos a fazer aquilo que sabemos, agarrados naquilo que sabemos fazer, pena que não fizemos o gol primeiro. Criamos oportunidades para isso.

Elogios ao Botafogo

Dar parabéns aos nossos adversários pela sua qualidade. Tivemos mais finalizações, mas o futebol é isso. É eficácia, felicidade. Isso também entra no jogo, não só a competência, o lado emocional, mas a felicidade também. Nós, Palmeiras, não fomos felizes hoje.

Bola aérea

A bola aérea é uma das formas que temos de chegar ao gol, especialmente quando é bola parada. O primeiro gol surgiu de bola parada. Nós temos um jogador [Flaco López] que é fortíssimo no jogo aéreo, então potenciamos as características dos nossos jogadores. O cruzamento é um deles, o arremate de fora é outro. Não é a única forma, mas há momentos que temos que fazer.

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