Fórmula E

Dirigente da FIA diz que Fórmula E já tem prazo para substituir o Gen3

Segundo Alessandra Ciliberti, Gen4 deverá estrear em 2027, com mais potência

Da redação

Os carros que a Fórmula E adotou na temporada 2022/2023, conhecidos como Gen3, sairão de linha em 2027. A informação foi divulgada por Alessandra Ciliberti, gerente técnica da categoria na FIA (Federação Internacional de Automobilismo), em entrevista ao jornal italiano Il Messagero.

Caso a F-E mantenha o padrão das temporadas, isso significa que um novo modelo de carro – chamado de Gen4 pela publicação – será utilizado a partir da temporada 2026/2027. Antes disso, porém, as equipes terão acesso a uma nova versão do Gen3.

“Isso (Gen4) chegará em 2027, mas teremos uma atualização, o Gen3.5, que incluirá um novo pneu, também da Hankook, que terá 10% mais aderência. E, pelo menos em certas situações, permitirá também utilizar o motor dianteiro para tração: o Gen3, vale lembrar, é o primeiro monoposto com motor dianteiro”, anunciou.

Segundo a engenheira, o principal objetivo do Gen3 não era buscar melhores resultados em potência ou aerodinâmica, mas “a eficiência e a capacidade de correr mesmo em circuitos estreitos e complexos como os urbanos”. Ainda assim, a F-E conseguiu número positivos na troca do carro para 2022/2023.

“O peso é um exemplo: o Gen2 chegou a 903 kg, o Gen3 (chegou a) 854kg , incluindo o piloto. E isso apesar da adição de componentes”, diz Ciliberti, que espera o Gen4 mais potente, mesmo satisfeita com o desempenho dos carros atuais.

“O Gen4 que chegará poderá explorar 600 kW em vez dos atuais 350 kW. No entanto, em Portland, o Gen3 estabeleceu o novo recorde de velocidade com 275 km/h.”

Aos 34 anos, com passagens por Toro Rosso (atual AlphaTauri) na Fórmula 1 e por BMW, Ciliberti reconhece que o projeto de desenvolvimento do Gen3 enfrentou alguns problemas iniciais, mas diz que a Fórmula E foi rápida em encontrar soluções.

O principal problema, diz, foram nas baterias. “Não só elas, para dizer a verdade. Mas nós sabíamos disso e conseguimos resolver. Essa é a beleza de trabalhar com eletricidade: é uma tecnologia que evolui a cada dia”, comemora.

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