Empresa processa Williams e pede quase R$ 760 milhões por 'danos à imagem'

Patrocinadora do time em 2019, RoKiT afirma que foi alvo de declarações fraudulentas por parte de dirigentes

Da redação

Empresa processa Williams e pede quase R$ 760 milhões por 'danos à imagem'
Patrocinadora do time em 2019, RoKiT afirma que foi alvo de declarações fraudulentas
Williams Racing

A Williams é alvo de um processo judicial por parte da RoKiT, empresa de telecomunicações que patrocinou o time durante a temporada 2019 da Fórmula 1. A informação foi publicada nesta terça-feira (4) pela imprensa especializada.

Em janeiro de 2019, o empresário britânico Jonathan Kendrick, co-fundador do RoKiT Group, assinou contrato de uma temporada com a Williams. Durante o ano, as duas partes prorrogaram o compromisso por amis dois anos, em um acordo que incluía a entrada de outras marcas do grupo do britânico.

Segundo o site Motorsport.com, a RoKiT alega que a Williams teria prometido um carro competitivo par 2019, mesmo sabendo que não teria fundos suficientes para tal. O fraco desempenho do time britânico – lanterna do Mundial de construtores com apenas um ponto – teria causado danos à imagem da empresa.

Com a mudança do calendário de 2020, em decorrência da pandemia da Covid-19, a patrocinadora alega ainda que não recebeu os valores aos quais teria direito por cancelamento de corridas - a temporada começaria em março, mas as primeiras provas só foram realizadas em julho. A Williams, que rompeu o contrato em maio de 2020, após apresentar o carro com as marcas do conglomerado, defende que não recebeu os valores prometidos pela patrocinadora.

A questão dos pagamentos de 2020 entre os dois lados foi levada inicialmente para a Corte Arbitral Internacional de Londres, que deu ganho de causa à Williams. No entanto, o advogado da RoKiT, Larry Klayman, alega que o tribunal não estava ciente de informações consideradas fraudulentas por parte da equipe, que só teriam sido descobertas após o veredito. 

Segundo a queixa, a RoKiT “compreendeu que o carro nunca foi capaz de cumprir os padrões que os réus haviam assegurado aos queixosos” e que “os réus estavam cientes e ocultaram esse fato”. 

“(Os dirigentes da equipe) ocultaram intencionalmente e de forma fraudulenta o fato de que a Williams Engineering simplesmente não tinha dinheiro suficiente para desenvolver o carro de F1”, alega a ação da empresa, que pede o pagamento de quase US$ 150 milhões (cerca de R$ 760 milhões) como compensação pelas perdas financeiras e pelo prejuízo à reputação comercial.

Ainda ao Motorsport.com, a Williams disse estar “ciente desta alegação espúria” por parte da antiga patrocinadora. “Tendo vencido com sucesso um julgamento contra a ROKiT no Reino Unido e peticionado com sucesso para que a sentença arbitral seja confirmada por um tribunal federal nos Estados Unidos, a Williams continua a confiar nos processos judiciais em relação a este infeliz assunto”, comunicou o time.

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