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Você verá menos novatos do que espera nos treinos livres da F1 em 2025; entenda

Regra exige que equipe escale novatos em pelo menos quatro treinos livres ao longo do campeonato

Desde 2022, a Fórmula 1 promove a presença de pilotos novatos em treinos livres. Até o final de 2024, cada equipe deveria utilizar novatos em pelo menos dois treinos livres por ano. A partir de 2025, o número foi ampliado: serão quatro sessões ao longo do campeonato, sendo duas em cada carro.

É uma regra bem-vinda. Diante de um grid com poucas equipes e com pilotos de rara longevidade, as oportunidades são cada vez mais escassas a quem vem das categorias de formação. E para quem quer ver novos nomes em ação, a chance é sempre boa.

Mas você não verá os treinos livres inundados de novatos em 2025 como seria de se supor com o aumento da exigência da F1. E os próprios novatos do ano são o motivo.

Para entender esse paradoxo, é preciso explicar o que a F1 entende por “piloto novato”: enquadra-se nessa categoria qualquer piloto que tenha disputado no máximo duas corridas oficiais no grid. Mais do que isso, o atleta deixa de caracterizar um substituto pontual e se torna um nome que, de certa forma, ganhou uma vaga.

Só que a temporada 2025 começou com três pilotos que jamais haviam disputado uma corrida oficial: Gabriel Bortoleto na Sauber, Andrea Kimi Antonelli na Mercedes e Isack Hadjar na Racing Bulls. Além do trio, a Alpine abriu o campeonato com Jack Doohan, que havia disputado apenas uma prova (GP de Abu Dhabi de 2024) na carreira.

Desta maneira, as quatro equipes já começaram o ano cumprindo parte da exigência. A Sauber teve um novato em treinos nos dois primeiros GPs, assim como a Mercedes e a Racing Bulls. A Alpine teve um novato em um e depois escalou Ryo Hirakawa – que se enquadra na regra – para o primeiro treino do GP do Japão.

Na Haas, embora Oliver Bearman esteja estreando como titular na temporada 2025, não se enquadra entre os novatos. Em 2024, o britânico disputou três provas (Arábia Saudita, Azerbaijão e São Paulo) como substituto, estourando o limite. Desta forma, o time norte-americano deverá ter um novo fora do grid em sessões ao longo do ano – o próprio Hirakawa, que deixou a Alpine, é o favorito.

É o mesmo caso para Liam Lawson. Com 11 corridas entre 2023 e 2024 pela Racing Bulls (e pela antecessora AlphaTauri), o neozelandês começou em 2025 como titular pela primeira vez, mas sem ser um novato sob os olhos da F1. O mesmo vale para o argentino Franco Colapinto, que ficou fora do grid em 2025.

Se tais pilotos não atendem às exigências, outros nomes devem ser vistos ao longo do ano. No GP do Bahrein, Felipe Drugovich (Aston Martin) e Frederik Vesti (Mercedes) já foram confirmados. Vesti substituirá George Russell (o que vai se repetir ao longo do ano), enquanto Drugovich assumirá o carro de Fernando Alonso.

Mas não se preocupe. Ao longo do ano, é bem provável que você veja nomes como Paul Aron, Arvid Lindblad, Dino Beganovic, Jak Crawford, Pato O’Ward, Victor Martins, Alex Dunne e Pepe Martí, entre outros, nas sessões. O GP de Abu Dhabi, que fecha o campeonato, é candidato a receber a maior quantidade.

Confira quem já escalou novatos em treinos livres na temporada 2025:

  • Mercedes (2): Antonelli (Austrália e China)
  • Racing Bulls (2): Hadjar (Austrália e China)
  • Sauber (2): Bortoleto (Austrália e China)
  • Alpine (2): Doohan (Austrália) e Hirakawa (Japão)

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