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Verstappen protesta após ser punido pela FIA por palavrão; Norris e Hamilton defendem Max

Após ser penalizado por uso de palavrão na coletiva de quinta-feira, piloto da Red Bull evitou elaborar respostas na roda de imprensa deste sábado

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Em protesto à decisão da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) de puní-lo pelo uso de um palavrão na quinta-feira, Max Verstappen evitou elaborar respostas na coletiva de imprensa deste sábado, em Singapura. O atual campeão, que larga em segundo na corrida deste domingo, começou a responder as perguntas de forma curta e direta. No que o entrevistador pediu para que o holandês elaborasse mais, ele disparou:

“Não, ou posso ser punido ou ganhar um dia extra (de trabalho comunitário)".

Na mesma coletiva estavam Lando Norris e Lewis Hamilton, que disseram achar injusta a punição a Max. Hamilton, inclusive, taxou a medida de “piada” e afirmou que não prestará nenhum serviço comunitário, caso seja punido. 

Max Verstappen foi punido pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) por ter usado um palavrão durante a coletiva de imprensa do GP do Azerbaijão, realizada na última quinta-feira (20). Na ocasião, ao responder uma pergunta sobre a corrida de Baku, o piloto da Red Bull afirmou que seu carro estava “fucked” (fodido). A fala foi, inclusive, usada pela F1 em suas redes sociais. O piloto terá que realizar trabalhos de “interesse público”, que ainda não foram especificados pela entidade. 

A punição a Verstappen acontece em meio a uma tentativa do presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, de “limpar” as transmissões da F1 do uso de plavrões por parte dos pilotos, que costumam usar palvras de baixo calão no rádio em momentos de adrenalina ao longo do fim de semana de GP. 

Foi justamente na tentativa de explicar essa “limpeza” que o presidente da FIA usou uma fala considerada racista por Lewis Hamilton. Ao falar sobre o assunto, Sulayem usou como exemplo a linguagem adotada por rappers em suas músicas. 

“Tem uma diferença entre o nosso esporte o automobilismo, e músicas de rap. Nós não somos rappers. Quantas vezes por minuto eles usam a palvra com “F” (fuck)? Aqui não usamos tanto, mas eles são eles e nós somos nós. Estamos fazendo o que podemos para minimizar isso. Porque se você estiver em casa no sofá com seus filhos assistindo a corrida e um dos drivers de repente começa a usar linguagem chula, como seus filhos reagirão? O que o ‘seu’ esporte lhes ensina?”, disse em uma entrevista deletada no site MotorSport.com.


Apesar de Hamilton concordar que é necessário que os pilotos da F1 tenham cuidado com as palvras que usam no rádio, o heptcampeão criticiou a comparação feita pelo presidente da FIA.

"Não gosto de como ele se expressou, falando 'rappers', é muito estereotipado. E a maioria dos rappers são negros. Foi uma escolha errada de palavras. Há um elemento racista aí", disse o piloto da Mercedes. 


 

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