Domenicali defende F1 com 20 carros e pede prudência por novas equipes

Dirigente diz não ser contra novos times, mas defende situação financeira de quem já está no grid

Da redação

Dirigente diz não ser contra novos times, mas defende situação financeira do grid atual
@f1/Twitter

O CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali, deixou claro que tem restrições à chegada de novas equipes à categoria – mesmo que potenciais candidatas estejam dispostas a pagar caro por isso.

Em entrevista ao Beyond the grid, o podcast oficial da F1, o dirigente italiano afirmou que a quantidade de carros no grid atual é suficiente para oferecer ao público boas corridas.

“Se você tem um bom espetáculo, 20 carros são mais do que o suficiente”, disse Domenicali, reforçando que a posição é uma “opinião pessoal”, e não institucional.

“Se você tem dois carros ou dois pilotos disputando, o nível de atenção é grande. Então, se você já tem duas equipes disputando, isso significa quatro carros, e isso é incrível. Então, você consegue imaginar 20 carros, 10 equipes, em um nível onde haja competição na pista? Isso seria incrível”, analisou.

Com o aumento da popularidade da Fórmula 1 em mercados como Estados Unidos e Ásia, diversas potenciais equipes têm manifestado interesse em uma vaga na categoria a partir de 2026, quando deve entrar em vigor um novo Pacto de Concórdia. A principal é a Andretti, mas que enfrenta grande rejeição por parte das atuais escuderias, especialmente pela atual divisão de lucros da F1.

De acordo com o pacto vigente, cada nova equipe precisa pagar uma taxa de US$ 200 milhões, valor que seria dividido entre as rivais para compensar os valores perdidos em prêmios por cada uma. Mas Domenicali acredita que o valor precise ser recalculado, já que as equipes atuais operam em situação financeira bastante favorável e equilibrada.

“No passado havia times que eram vendidos por uma libra”, lembra. “Agora o mercado está oferecendo quase bilhões para as equipes e eles estão recusando isso. Você consegue imaginar isso?”

Apesar das restrições, Domenicali garante não ser contra a entrada de novos times.

“Meu ‘não’ não é contra alguém querer entrar - preciso esclarecer isso porque senão parece que quero ser protecionista, e não é o caso. Quero ver o certo e preciso respeitar também os que investiram recentemente na Fórmula 1”, disse. “Agora todo mundo quer embarcar em um ônibus que é muito rápido. Mas precisamos ser prudentes, precisamos tomar a decisão certa, é isso que estou dizendo.”

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