Reação da Red Bull, decepção da Ferrari; comentaristas avaliam o 2022 da F1

Show do Esporte ainda debateu presença de pilotos brasileiros na categoria em 2023

Da redação, com Show do Esporte

Show do Esporte de 25 de dezembro de 2022
Reprodução

O domínio da Red Bull na temporada 2022 da Fórmula 1 era algo que a própria equipe já poderia esperar no começo do ano, e nem mesmo os problemas no começo do ano forma capazes de atrapalhar as vitórias.

Pelo menos, na avaliação dos comentaristas da F1 do Grupo Bandeirantes de Comunicação. Em debate na edição deste domingo (25) do Show do Esporte, a performance do time austríaco recebeu uma série de elogios.

“Eu não acredito em passe de mágica, e que a Red Bull o tempo todo esteve mais preparada”, afirmou Reginaldo Lemse. “A Red Bll em si tinha a certeza de que tinha o melhor carro, que seria corrigido muito facilmente. A partir da sexta corrida, já virou o jogo”, acrescentou.

A avaliação foi semelhante à de Max Wilson, que lembrou as dificuldades da Red Bull no GP do Bahrein que abriu a temporada 2022. Na ocasião, Max Verstappen e Sergio Pérez abandonaram com problemas na bomba de combustível.

“O problema da Red Bull era simples, não era estrutural como na Ferrari”, lembrou Max. “Daí para frente (quando consertou o problema), dominou a temporada de 2022.”

Mas os comentaristas concordaram que a situação poderia ser ainda melhor para o time. Para isso, Max Verstappen poderia ter trabalhado um pouco mais para ajudar os resultados de Sergio Pérez no fim do ano, quando o título do holandês já estava assegurado.

“O Verstappen erra muito pouco. Errou muito pouco ao longo deste ano”, destacou Max Wilson. “Se tiver que falar uma coisinha do Verstappen no ano todo, foi só esse senão”, apontou Felipe Giaffone.

No fim, Pérez foi o terceiro colocado do Mundial de pilotos, com 305, contra 308 de Charles Leclerc (Ferrari). Verstappen, com 454, foi campeão.

Concorrência?

No Mundial de construtores, a Red Bull também ficou com o título, somando 759 pontos. A Ferrari foi segunda, com 554, enquanto a Mercedes somou 515 e foi terceira.

Mas para quem esperava uma disputa mais equilibrada por vitórias, a temporada pode ter decepcionado. A Ferrari venceu duas das três primeiras corridas do ano (Bahrein e Austrália), mas só voltaria a vencer outras duas vezes (Inglaterra e Áustria). A Red Bull fechou 2022 com 17 vitórias.

“Desta vez, a Ferrari decepcionou de uma forma absolutamente inesperada”, afirmou Reginaldo Leme. “A gente vê que, de fato, o Leclerc falhou, o Sainz falhou, a equipe falhou, o estrategista falhou demais. E o próprio carro acabou quebrando bastante.”

Para Felipe Giaffone, a escuderia italiana ficou devendo em competitividade.

“Provavelmente tiveram que tirar um pouquinho de potência do motor, para chegar ao fim da vida útil dos motores, por regulamento, e isso acabou tirando também um pouco de performance”, avalia o comentarista.

A Mercedes foi ainda pior. Campeã de construtores nos últimos oito anos, a equipe alemã venceu apenas uma vitória em 2022, com George Russell no GP de São Paulo. 

“Chegou a ser até ridículo em determinados momentos. A gente olhava para a Mrcedes na pista e parecia que ela estava em outra categoria. Parecia a categoria ‘Mercedes Porpoising’, porque só ela que tinha esse defeito. Demorou a entender um pouco isso”, afirmou Sergio Maurício.

Lewis Hamilton, pela primeira vez em um ano na F1, não venceu. E para Felipe Giaffone, o heptacampeão pagou o preço por encarar o desafio, desde o começo do ano, de tentar deixar o carro da equipe mais competitivo.

“Acho que eles começaram muito mal. O Hamilton terminou o ano passado muito mal”, disse Giaffone, lembrando o afastamento do heptacampeão após a derrota na disputa do título de 2021. “Começou o ano conturbado, viram na pré-temporada em Barcelona que tinham um carro que era uma porcaria.”

Brasileiros em 2023

Em 2023, o Brasil terá dois pilotos na Fórmula 1, como reservas: Felipe Drugovich, na Aston Martin, e Pietro Fittipaldi, na Haas. Além disso, Enzo Fittipaldi disputará a Fórmula 2 com o apoio da Red Bull.

O quadro não garante futura vaga no grid para nenhum deles, mas é visto com otimismo pelos comentaristas.

“Os três representantes que temos estão fazendo a parte deles”, disse Max Wilson. “Só que a gente sabe que a Fórmula 1 tem a parte política, a parte comercial”, completou.

Para Reginaldo Leme, Pietro Fittipaldi já mostrou em 2020 ter capacidade de assumir uma vaga no grid, quando substituiu Romain Grosjean na Haas em duas corridas.

“Em 2020, quando ele fez duas corridas substituindo o Grosjean, ele chegou à frente do (Kevin) Magnussen nas duas. Ele tem todas as condições, e o Günther Steiner sabe e confia nele”, disse Reginaldo.

“Mas faltou dinheiro, faltou patrocínio para ser ele (em 2023), e não o Nico Hulkenberg que vem lá com sei com quanto de patrocínio da Alemanha - mas certamente vem com patrocínio, porque a Haas precisa disso aí”, concluiu.

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