O Halo é um dispositivo criado com o intuito de aumentar a segurança dos pilotos na Fórmula 1, principalmente na área da cabeça. A peça foi desenvolvida pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e introduzida na F1 na temporada de 2018. Alvo de críticas pelos mais puristas durante as fases de testes e de introdução na categoria, hoje a peça obrigatória é elogiada e citada como invenção fundamental para melhorar a segurança do esporte.
O que é o Halo na Fórmula 1?
O Halo é uma estrutura de segurança em forma de arco que foi introduzida nos carros de Fórmula 1 para proteger a cabeça dos pilotos em caso de acidentes. Ele é feito de titânio e é projetado para suportar grandes impactos.
A peça também protege os pilotos de lesões em caso de capotamento ou no evento de um carro acabar em cima de outro.
Como surgiu a ideia do Halo na Fórmula 1?
A ideia começou a ser estudado após alguns acidentes em que os pilotos sustentaram lesões na cabeça, como o de Felipe Massa, em 2009, o de Henry Surtees na F2, também em 2009, e o de Justin Wilson, na Indy, em 2015.
Apesar de existir uma crença de que a peça de segurança poderia ter evitado as lesões que vitimaram Jules Bianchi no GP do Japão, quando o carro do francês entrou embaixo de um guindaste, essa possibilidade é remota. Isso porque naquele caso, o piloto da Marussia não sofreu um impacto direto contra a cabeça, mas sim lesões causadas pelas desaceleração repentina do carro.
Do que é feito o Halo na Formula 1?
O Halo é feito de titânio e pesa um pouco mais do que 10 kg. É aparafusado diretamente na estrutura da carroceria. A estrtura é tão forte que suporta até 12 toneladas, o peso aproximado de um ônibus de 2 andares.
Como foram os testes do Halo?
O Halo passou por extensos testes de resistência e impacto. A FIA realizou simulações de colisões e impactos em diversos ângulos para garantir que a estrutura pudesse suportar cargas extremas e proteger os pilotos de forma eficaz.
O Halo não foi a primeira opção da Fórmula 1
Apesar de ter sido a peça escolhida para proteger os pilotos, outra solução foi testada antes da adoção do Halo. O aeroscreen, desenvolvido pela Red Bull e que se assemelha à canopla de um avião de cala, chegou a ser testado na pista. Hoje é a proteção adotada pela Indy.
Críticas na introdução do Halo na Fórmula 1
O Halo enfrentou críticas desde seu anúncio, com alguns argumentando que sua aparência era pouco atraente e que poderia limitar a visibilidade dos pilotos. Além disso, houve discussões sobre a eficácia real da proteção oferecida.
Quando a Fórmula 1 começou a testar o Halo, fãs e até mesmo pilotos criticaram a peça com a afirmativa de que “era contra o DNA da F1”. Lewis Hamilton e Romain Grosejan foram dois pilotos que criticaram o uso do dispositivo de segurança, mas que voltaram atrás depois que o Halo protegeu ambos de consequências mais sérias em acidentes sofridos durante as corridas.
Quando o Halo se mostrou útil na Fórmula 1?
Desde que foi introduzido em 2018, o Halo se mostrou útil em diversas ocasiões. Uma delas justamente no ano de estreia, na largada do GP da Bélgica, quando a McLaren de Fernando Alonso voou sobre a Sauber de Charles Leclerc. As marcas no Halo do monegasco evidenciaram a importância da proteção.
Em 2020, Romain Grosjean acabou entrando com o carro entre as lâminas de metal de um guard rail do circuito do Bahrein. Em meio ao incêndio provocado pelo vazamento de gasolina, o francês só conseguiu deixar o carro porque o Halo serviu como uma espécie de alavanda nas lâminas do guard rail, criando espaço para a saída do piloto. Além disso, impediu que um dessas lâminas acertassem diretamente a cabeça de Grosjean.
Em 2021, em uma batalha feroz pelo título da temporada, Max Verstappen e Lewis Hamilton se enroscaram na curva 1 do circuito de Monza. E a Red Bull do holandês acabou montando em cima da Mercedes de Lewis Hamilton, que não teve a cabeça atingida graças ao Halo.
Em 2022, mais uma exemplo. Em um acidente com alguns carros na largada do GP da Inglaterra, o chinês Zhou Guanyu capotou e teve o carro arrastado por dezenas de metros até capotar e ficar preso entre o guard rail e a arquibancada. Como o santantonio da Sauber cedeu, a única proteção para a cabeça de Zhou foi o Halo.
Que outras categorias além da Fórmula 1 usam o Halo?
Assim com a categoria principal, a Fórmula 2 e a Fórmula 3 também fazem uso obrigatório do Halo. Inclusive, outras categorias de base de monopostos, que não recebem a chancela da FIA, também passaram a adotar a proteção.
O que a FIA planeja para o futuro do Halo na Fórmula 1?
A FIA continua monitorando a eficácia do Halo e pode realizar melhorias ou modificações conforme necessário. A segurança dos pilotos é uma prioridade constante, e novas tecnologias de proteção estão sempre sendo avaliadas.