Um acidente na última volta tirou George Russell do Grande Prêmio da Austrália, neste domingo (24). E também gerou uma troca de insinuações com Fernando Alonso, que acabou punido.
O britânico da Mercedes vinha perseguindo o rival espanhol em busca da sexta posição. De repente, passou reto na curva 6, bateu forte e parou de cabeça para baixo, atravessado na pista.
Ainda no cockpit, sem referências, Russell pediu por uma bandeira vermelha para garantir a própria segurança. A medida não foi adotada, mas a direção de prova determinou um safety car virtual.
O britânico conseguiu sair do carro em segurança e foi levado a exames. Liberado, mostrou-se surpreso com a repentina desaceleração do carro de Alonso na disputa.
“Meu ponto de vista é que eu saí, e isso foi por minha conta. Mas eu estava 0.5s atrás de Fernando, 100 metros antes da curva; de repente, ele veio de encontro a mim extremamente rápido”, descreveu.
“Não sei se ele teve algum problema (com o carro). Vamos falar com os comissários. Isso é um pouco bizarro em uma circunstância como essa. Não tenho mais nada a dizer agora, preciso para ver tudo e estou um pouco decepcionado com a corrida”, completou Russell.
Os comissários da prova anunciaram uma investigação envolvendo os dois pilotos. No fim, Alonso foi considerado culpado e levou 20 segundos de punição, caindo do sexto para o oitavo lugar.
O espanhol da Aston Martin não gostou da insinuação de que teria feito um brake test – uma freada repentina, que potencialmente coloca em risco o piloto que vem atrás.
“Eu tive problemas com a minha bateria, vinha administrando. E estava concentrado nos carros à minha frente, não aos que estavam atrás. Vi que o carro (de Russell) sofreu danos e que ouvi que ele estava bem”, afirmou o bicampeão.