Rubinho crê em reação da Mercedes, mas vê Ferrari como rival da Red Bull em 2022

Ex-piloto de F1 vê tarefa complicada para equipe alemã na reação contra principais rivais

Emanuel Colombari e Pedro Lopes

A adoção de um novo regulamento provocou mudanças já no início da temporada 2022 da Fórmula 1.

A Red Bull segue como candidata a vitórias, mas agora tem a Ferrari como principal rival. A Mercedes, que dominou a categoria nos últimos anos, sofre para seguir as duas equipes, enquanto times que andavam em baixa – como Alfa Romeo e Haas – embolam o pelotão intermediário.

Em entrevista ao podcast Queimando a Largada, apresentado pela jornalista Lívia Nepomuceno, Rubens Barrichello disse acreditar que a Mercedes deverá ter condições de evoluir durante o ano, mas talvez não a tempo de buscar vitórias e títulos. A íntegra do programa vai ao ar na quarta-feira (6).

“Você tendo dinheiro, você traz as pessoas com todo o conhecimento, com toda a energia. Você ia falar no final do ano que a Ferrari estaria nessa posição? Não, mas não tenha dúvida de que eles souberam desvendar o regulamento da melhor forma possível. Isso se dá só pela parte aerodinâmica e pela aderência do carro? Não, porque a melhora também veio em velocidade na reta. Você vai falar também que a Mercedes, com um carro muito estreitinho, também não corta reta? Não é esse o fator, e também não é que o motor piorou”, avaliou.

“Acho que é desconhecido ainda a real potência dos motores Ferrari, porque isso é desvendado com a Haas e a Alfa Romeo, as duas ressurgindo de uma forma boa. É muito início de temporada”, acrescentou.

Por enquanto, segundo Barrichello, a Mercedes sofre para desenvolver velocidade de reta.  Assim, neste momento, a Ferrari é “sem sombra de dúvidas aquela que vai despontar”.

“Como Mercedes, você precisa desenvolver duplamente, porque quando você chegar no nível da Ferrari, talvez ela já esteja mais acima. A luta ali está entre o carro vermelho e o carro da Red Bull. Mas a gente não pode jogar a toalha ainda, porque a Mercedes pode ganhar o campeonato. Acho difícil, porque (uma desvantagem de) 0s7 por volta é muita coisa.”

No Grande Prêmio de São Paulo de 2021, Rubinho visitou os boxes da Mercedes e conseguiu conversar com muitos integrantes da equipe – entre eles, contemporâneos de 2009, quando o time ainda era a Brawn GP. Segundo o brasileiro, ficou claro que Lewis Hamilton “trabalha muito” e vai se empenhar para ajudar a desenvolver o carro do time neste ano.

“Essa história de que qualquer pessoa guiaria o carro não é verdade. Tanto que o (Valtteri) Bottas (piloto da Mercedes entre 2017 e 2021) é considerado um ótimo piloto e não conseguiu andar no ritmo do Hamilton”, afirmou.

“Ele (Hamilton) vai na oficina, ele anda no simulador, ele tem um contato que precisar ter. O desenvolvimento com a equipe faz a coisa fluir. Ele é um cara muito envolvido, que além do talento, ele tem tudo para chegar lá em cima”, completou.

Confira o primeiro episódio do “Queimando a Largada”, com Sergio Mauricio

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