Romain Grosjean fez uma avaliação pouco elogiosa da temporada 2022 da Haas na Fórmula 1.
O time norte-americano surpreendeu ao somar 15 pontos nas quatro primeiras corridas do ano. No entanto, desde então, são cinco etapas sem pontuar, tendo como melhores resultados o 14º lugar de Mick Schumacher na Espanha e no Azerbaijão.
“É um pouco típico da Haas: retroceder depois de um bom começo”, afirmou o francês, piloto do time entre 2016 e 2020, em entrevista ao Canal+.
No caso de Mick Schumacher, Grosjean acredita que a situação no time é ainda pior. Com o bom desempenho do companheiro Kevin Magnussen, responsável por todos os pontos do time no ano, o alemão se viu pressionado a entregar bons resultados; no entanto, com o retrocesso do time no grid, as chances se tornaram menores.
“A situação na Haas não ajuda, porque os adversários estão mais e mais fortes”, analisou o atual piloto da Andretti na Fórmula Indy. “Tenho certeza de que Mick tem sempre os pontos de Kevin em mente, incluindo o quinto lugar no começo da temporada (no Bahrein), mas a Haas já não é mais tão boa”, acrescentou.
O jornal alemão Bild afirma que a Haas estipulou um prazo de quatro corridas (Inglaterra, Áustria, França e Hungria) para que Mick Schumacher some pontos antes de começar a decidir o futuro do piloto. O alemão tem contrato apenas até o fim de 2022 e futuro incerto, embora conte com o apoio da Ferrari para permanecer no grid.
Para Grosjean, o momento é tentar evitar pressões. “Quando Mick tenta muito repetir as melhores performances, como no Bahrein (foi 11º, seu melhor resultado na F1), os erros vêm. Então ele deveria apenas relaxar e aproveitar seu tempo”, acredita.
“Às vezes, na Fórmula 1, ir um pouco mais devagar significa conseguir melhores resultados no fim das contas”, acrescentou.