A Renault confirmou nesta segunda-feira (30) que vai encerrar a fabricação de motores para a Fórmula 1 após a temporada 2025. Com isso, a Alpine (divisão de carros esportivos e equipe da montadora francesa na F1) deverá assinar com a Mercedes para o fornecimento de motores para o novo regulamento, que entra em vigor em 2026.
Como consequência, a fábrica de Viry-Chatillon, perto de Paris, será usada como centro tecnológico para o desenvolvimento de tecnologia de ponta para a farbicação dos futuros carros Renault e Alpine.
“As atividades da Fórmula 1 em Viry, excluindo o desenvolvimento de um novo motor, continuarão até o final da temporada de 2025”, afirma a companhia francesa em comunicado.
A decisão foi tomada mesmo após diversos protestos dos funcionários da fábrica. O último deles no GP da Itália, em 29 de agosto. Segundo comunicado divulgado à imprensa, o protesto não apenas defendeu as atividades da Fórmula 1 na França, como serviu de resposta ao que consideram uma “influência internacional” sobre a indústria francesa.
“Os funcionários estão convencidos de que este projeto pode ser realizado sem o sacrifício do motor francês de F1. Com este projeto, muitos engenheiros e técnicos, que são considerados a elite em seus campos, deixarão a França para continuar seus trabalhos na Fórmula 1. Além disso, os contratos de cerca de 100 pessoas serão encerrados”, defendeu o texto divulgado.
Além dos benefícios financeiros de não ter que gastar com pesquisa e desenvolvimento de um novo motor, o possível acordo com a Mercedes significaria que a Alpine teria acesso a um motor que deve garantir competitividade. Atuallmente o motor Renault tem pouca potência em comparação com os rivais.