Lewis Hamilton trocará a Mercedes pela Ferrari ao fim de 2024, em uma negociação de impacto raro na Fórmula 1 e no esporte mundial.
A contratação do heptacampeão, no entanto, não é um caso isolado em Maranello. Ao longo da história da F1, a escuderia mais tradicional da categoria já apostou antes em grandes contratações para mudar de patamar – alguns com sucesso, outros nem tanto.
Relembre cinco casos:
Niki Lauda (1974)
O austríaco chegou à Ferrari como uma aposta, e deu certo. Depois de dois anos (1971 e 1972) na March como figurante, Lauda chegou à BRM em 1973, com resultados discretos. Mesmo assim, a Ferrari decidiu mudar tudo para 2024: trocou Jacky Ickx e Arturo Merzario por Niki Lauda e seu próprio companheiro de BRM, Clay Regazzoni. Resultado: Lauda foi campeão em 1975 e 1977.
Alain Prost (1990)
Na década de 1980, a Ferrari apostou em diversos pilotos franceses que não deram o retorno esperado: Didier Pironi, Patrick Tambay e René Arnoux. Em 1990, foi a vez de Alain Prost, que saiu da McLaren diante da indisposição na relação com Ayrton Senna. Prost, no entanto, teve como melhor momento o vice-campeonato de 1990, perdendo o título para o próprio Senna. Em 1991, por outro lado, reclamou do carro e foi demitido antes mesmo do término da temporada.
Michael Schumacher (1996)
Bicampeão com a Benetton em 1994 e 1995, Michael Schumacher foi a grande aposta da Ferrari para se reconstruir em busca de títulos de pilotos, que não vinham desde o campeonato de Jody Scheckter em 1979. Demorou, e o alemão chegou a ser questionado – a Ferrari cogitou a contratação de Mika Hakkinen, da McLaren, no final da década. No entanto, compensou: Schumacher conquistou cinco títulos seguidos entre 2000 e 2004.
Fernando Alonso (2010)
Bicampeão com a Renault em 2005 e 2006, Fernando Alonso chegou à McLaren em 2007 como favorito ao título, mas esbarrou na disputa interna com Lewis Hamilton que abriu caminho para o título de Kimi Raikkonen na Ferrari. Insatisfeito, voltou à Renault por dois anos, antes de assinar com a Ferrari. De 2010 a 2014, o espanhol bem que tentou, mas precisou se contentar com o vice-campeonato em três ocasiões: 2010, 2012 e 2013, sempre perdendo para Sebastian Vettel.
Sebastian Vettel (2015)
Diante do tetracampeonato de Sebastian Vettel na Red Bull entre 2010 e 2013, a Ferrari correu atrás do alemão como reforço em 2015. Os resultados, no entanto, não corresponderam: Vettel foi vice-campeão em 2017 e 2018, mas deixou a escuderia em baixa no fim de 2020 para correr pela Aston Martin.