Em mais de quatro décadas de Fórmula 1, Reginaldo Leme viu e se emocionou com uma porção de coisas.
Ele acompanhou o ápice de Emerson Fittipaldi e Nelson Piquet e viu Ayrton Senna praticamente nascer para o automobilismo. Mas foi com um piloto que parou de correr recentemente na máxima categoria do automobilismo que Regi, como é chamado, viveu sua maior emoção à beira da pista.
Foi na última temporada de Felipe Massa, em 2017, logo após o fim do GP de São Paulo, do qual o brasileiro, então guiando um Williams-Mercedes, cruzou a linha e chegada em décimo.
“A despedida do Felipe em Interlagos foi provavelmente o momento mais emocionante da minha carreira. E eu vivi as vitórias de José Carlos Pace, Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet, Ayrton Senna e Rubens Barrichello, mas aquela prova do Felipe me pegou de fato”, contou Reginaldo.
O comentarista, que entrou no “Clube dos 500” da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), honraria dada a profissionais que cobriram mais de 500 GP’s, recordou também a sua relação com Piquet e Senna, os dois últimos brasileiros campeões mundiais de F1.
“Sempre tive uma empatia muito grande com o Piquet, e vice-versa. Graças a isso, consegui o que todo jornalista busca, que é a informação privilegiada. O Senna eu acompanhei a carreira dele desde a última prova na Fórmula 3. Dizia aos jornalistas estrangeiros que ele seria o próximo brasileiro campeão do mundo”, recordou.
Regi foi homenageado por pilotos, colegas, ex-colegas e familiares no Band Esporte Clube e se emocionou com o depoimento da filha Daniela, sem conseguir segurar as lágrimas.
“Aí é demais. A Daniela é simplesmente o esteio da minha vida”, disse Reginaldo, sob aplausos.
“Ela dirige minha vida”, completou.