Sergio Pérez era o primeiro colocado no GP da Espanha quando a Red Bull pediu que o mexicano não segurasse Max Verstappen, que vinha em segundo com pneus mais novos.
Pérez atendeu ao pedido, viu o companheiro vencer e completou a dobradinha em segundo, mas disse que “queria falar sobre o assunto" mais tarde. O chefe da equipe, Christian Horner, defendeu a decisão da equipe.
“Nós estávamos com problemas, igual a outras equipes, com as altas temperaturas. E a última coisa que você quer é um abandono quando você tem dois carros rumo a uma dobradinha. E eles estavam em estratégias diferentes, os pneus do Max eram bem mais novos, não seria uma briga justa”, afirma Horner.
Pérez parou poucas voltas depois para colocar pneus macios e anotar a volta mais rápida. Horner acredita que, sem essa última parada, o mexicano não teria conseguido terminar a prova, argumento que ele usa para justificar as ordens de equipe.
"Os pneus do Checo não durariam até o fim. Então foi por isso que paramos ele no fim da prova, para também pegar aquele ponto valioso da volta mais rápida. Nossa responsabilidade é trazer os dois carros de volta e conquistar o máximo de pontos possível para a equipe", explica.
O chefe da equipe entende a frustração do mexicano, mas argumenta que Pérez não conseguia enxergar o cenário completo naquele momento.
“O que ele não conseguia ver na hora, e que conseguirá agora, é a vantagem de pneu que o Max tinha. Então do ponto de vista do time, não faz sentido arriscar um abandono por causa das altas temperaturas. Foi a coisa certa a se fazer”, diz.
Com a vitória de Verstappen, o holandês assumiu a liderança do campeonato com vantagem de seis pontos sobre Leclerc. Ao mesmo tempo, a Red Bull superou a Ferrari e abriu 26 pontos de vantagem.