O Autódromo de Interlagos ganhou diversas obras para a edição 2024 do Grande Prêmio de São Paulo – entre elas, o recapeamento da pista utilizada pela Fórmula 1. O novo asfalto, no entanto, não caiu nas graças de pilotos e equipes.
Na última sexta-feira (1º), a Pirelli já alertava para a falta de aderência e para os bumps na pista. Segundo Mario Isola, diretor de motorsport da fornecedora de pneus da F1, a chuva prevista para o fim de semana era motivo de preocupação.
“Este betume, em geral, cria uma superfície um pouco escorregadia”, disse o dirigente, que minimizou os relatos de ondulações. “Ouvi alguns comentários sobre bumps, mas honestamente não é algo que consideramos em nossas medições.”
A chuva veio a partir de sábado (2), mas foram as ondulações que geraram mais críticas depois da corrida do domingo (3). O holandês Max Verstappen, que venceu a prova, disse que o asfalto ainda estava “muito ruim”, mesmo após o recapeamento.
“Algo precisa ser feito para o ano que vem para deixar isso melhor. Quero dizer, eu sei que muita gente se esforçou muito, e eu não quero criticar essas pessoas. Eu sei que elas sempre tentam fazer o melhor que podem para alisar a superfície (da pista). Mas para os carros que estão correndo, está definitivamente muito ondulado. E sim, algo precisa ser feito a respeito disso”, afirmou o tricampeão.
O ponto de vista foi semelhante por parte de Esteban Ocon. Segundo colocado em Interlagos, o piloto da Alpine disse que a aderência da pista paulistana “é muito boa”, mas cobrou uma superfície menos ondulada.
“Trata-se de alguns bumps sobre o qual nós corremos com estes carros (de 2024). Provavelmente se estivéssemos em 2021 ou 2020, estaria tudo bem. Mas com estes carros, vocês sabem, eles correm muito baixos e todo o calor está basicamente nos chassis”, disse. “Acho que (o asfalto) está muito melhor em termos de aderência, mas estes bumps precisam ser removidos.”