A poucos dias do acidente de esqui de Michal Schumacher completar dez anos, o irmão do heptcampeão, Ralf Schumacher, abriu o coração para falar do impacto que a tragédia teve na vida da família e de como nem os avanços da medicina moderna foram capazes de uma recuperação completa do heptacampeão de Fórmula 1. 

“Sinto saudade do meu Michael do passado. A vida às vezes é injusta. Michael teve muita sorte na vida, mas aí esse acidente aconteceu. Sou grato pelo fato de podermos fazer muita coisa graças à medicina moderna, mas nada é como antes. Tem sido uma experiência muito marcante para mim, mas ainda mais para os filhos dele. A vida é injusta às vezes. Aquele dia foi cheio de azar. E esse destino mudou a nossa família”, revela em entrevista ao jornal alemão Bild. 

Ralf também revelou detalhes da relação que tinha com o irmão quando os dois eram pequenos. A dupla chegou a dividir o grid da Fórmula 1 por 10 anos antes de Michael se aposentar pela primeira vez. Os irmãos chegaram, inclusive, a dividir o pódio em várias ocasiões, sendo três delas em vitórias de Ralf. 

“Posso dizer por mim mesmo que esse acidente foi uma experiência muita drástica. Michael não era apenas meu irmão. Quando erámos crianças, ele também era meu técnico e mentor. Ele me ensinou literalmente tudo que sei sobre kart. Temos uma diferença de sete anos, mas ele sempre esteve ao meu lado”, revela. 

Qual foi o acidente do Schumacher?

Schumacher estava esquiando com o filho no dia 29 de dezembro de 2013 quando sofreu um grave acidente na estação de Meribel, nos Alpes Franceses. Ele estava fora das partes sinalizadas da pista e bateu a cabeça em uma pedra. À época, ele já tinha se aposentado da F1 e estava com 44 anos.

Como está Michael Schumacher?

Michael Schumacher acordou do coma quase seis meses depois do acidente de esqui, em 29 de dezembro de 2013. Ele voltou para sua casa em Lake Geneva, na Suíça, cerca de nove meses após a tragédia.

De acordo com a versão oficial da família, ele está consciente e se recuperando de forma lenta, mas em evolução.

Em 2019, divulgou-se na imprensa europeia que Schumacher foi a Paris para fazer um tratamento experimental com células-tronco. Não há informações sobre possíveis resultados do procedimento. À época, foi noticiado que ele estaria acordado e respirando sem ajuda de aparelhos, mas impossibilitado de se comunicar.