Os funcionários da Alpine marcaram um protesto para esta sexta-feira (29), em Monza. O dia escolhido marca o início das atividades em pista do Grande Prêmio da Itália, com os dois primeiros treinos livres da programação.
A manifestação é uma resposta ao plano da Renault, que controla a equipe, de encerrar o programa de motores para a F1 na sede de Viry-Châtillon. A Renault está inscrita como fornecedora de unidades da potência da categoria em 2026, mas rumores apontam que a Alpine – único time a correr com a marca – pode adotar motores Mercedes já em 2025.
Os funcionários na cidade francesa entrarão em greve como demonstração de solidariedade. E até mesmo os moradores e as autoridades de Viry-Châtillon devem se reunir em apoio aos manifestantes.
Segundo comunicado divulgado à imprensa, o protesto não apenas defenderá as atividades da Fórmula 1 na França, como ainda respondem ao que consideram uma “influência internacional” sobre a indústria francesa. “Os funcionários estão convencidos de que este projeto pode ser realizado sem o sacrifício do motor francês de F1”, diz a nota.
Os funcionários que aderirem à manifestação poderão ser identificados com braçadeiras pretas nos boxes. Segundo o comunicado, apesar do protesto, as atividades nos boxes e na pista não devem ser afetadas.
O posicionamento ainda deve contar com funcionários em dois setores das arquibancadas de Monza. Os grupos vestirão camisetas brancas, que trarão a logomarca da Alpine e a mensagem #ViryOnTrack, além de braçadeiras pretas, e levarão faixas defendendo o projeto do motor francês.
“Com este projeto, muitos engenheiros e técnicos, que são considerados a elite em seus campos, deixarão a França para continuar seus trabalhos na Fórmula 1. Além disso, os contratos de cerca de 100 pessoas serão encerrados”, defendeu o texto divulgado.