O brasileiro se acostumou a chamar a corrida de Fórmula 1 em Interlagos de Grande Prêmio do Brasil, mas desde 2021 a etapa mudou de nome: Grande Prêmio de São Paulo. A mudança aconteceu por diversos motivos, envolvendo questões contratuais e até políticos, e está oficializada até pelo menos 2025.
Como o contrato anterior da organização da prova com a Fórmula 1 terminava em 2020, iniciou-se naquele período uma movimentação para a manutenção do Brasil como sede da principal categoria do automobilismo. Só que não era só Interlagos como opção.
À época, o então presidente Jair Bolsonaro se colocou publicamente a favor de um projeto que tiraria a prova da capital paulista e levaria o evento para o Rio de Janeiro. João Doria, que era o governador do estado de SP e vinculado ao PSDB, também se mexeu nos bastidores e disse que “defenderia os interesses de São Paulo”. Daí em diante, o embate também passou a ser político, com Bruno Covas, prefeito da capital paulista à época, ao lado do governador.
O Rio acabou não conseguindo construir um novo autódromo por falta de licenças ambientais – o que permitiu que Interlagos assinasse um novo contrato com a categoria, válido até o final da temporada 2025.
Por todo o contexto acima e para valorizar a marca da cidade, a Prefeitura de São Paulo negociou com a F1 para mudar o nome da prova. O objetivo era dar destaque ao investimento feito em Interlagos e na cidade para receber um evento do porte da Fórmula 1.
O Grande Prêmio de Fórmula 1 ganhou o nome da cidade quando o contrato foi renovado em 2020 pelo então prefeito Bruno Covas. A ideia era dar destaque e visibilidade para a cidade que recebe a corrida. No México, o nome da prova também é o da cidade - Grande Prêmio da Cidade do México - organização do GP de São Paulo, à Band.
Assim, em 16 de dezembro de 2020, o site oficial da categoria anunciou que o Grande Prêmio do Brasil passaria oficialmente a ser chamado Grande Prêmio de São Paulo de Fórmula 1.
Neste ano, no evento de lançamento do GP de São Paulo de 2023, a nomenclatura da prova foi assunto. Alan Adler, CEO do GP no Brasil, disse que o nome dando ênfase à cidade tem benefícios.
É um diferencial. Quem é que tinha ouvido falar, pelo menos eu não tanto, de Baku, Bahrein, e assim vai. É uma promoção incrível para o turismo - Alan Adler, CEO do GP de São Paulo de F1.