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Por que a Red Bull descartou Yuki Tsunoda como substituto de Sergio Pérez em 2025?

Piloto japonês vem superando companheiros de equipe desde 2023; no entanto, Liam Lawson acabou promovido

Da redação

Por que a Red Bull descartou Yuki Tsunoda como substituto de Sergio Pérez em 2025?
Yuki Tsunoda permanecerá na Racing Bulls depois de quatro anos na equipe
Getty Images/Red Bull Content Pool

Antes mesmo de a Red Bull informar a rescisão do contrato de Sergio Pérez, a vaga do mexicano já era bastante visada na Fórmula 1. E os favoritos, pela lógica, eram Liam Lawson e Yuki Tsunoda, que encerraram 2024 como titulares da Racing Bulls, a segunda equipe do conglomerado Red Bull GmbH na categoria.

No fim das contas, Lawson foi o escolhido e Tsunoda permanecerá na Racing Bulls, deixando nos fãs do piloto japonês uma sensação de frustração. Nas redes sociais da F1, o anúncio de Lawson foi recebido por diversas mensagens de apoio a Tsunoda.

“Yuki merecia”, publicou uma internauta.

“Fico triste por Yuki”, registrou outra conta.

“Yuki precisa procurar opções fora da Red Bull”, sugeriu um fã.

Desde que estreou na F1 em 2021 pela então AlphaTauri, Yuki Tsunoda amadureceu e evoluiu. Nos dois primeiros anos, ao lado de Pierre Gasly, levou a pior: 110 a 32 em 2021 e 23 a 12 em 2022. No entanto, desde 2023, tem superado os companheiros de equipe: 2 a 0 sobre Nyck de Vries (2023), 15 a 6 sobre Daniel Ricciardo (2023), 22 a 12 sobre Daniel Ricciardo (2024) e 8 a 4 sobre Liam Lawson (2024). Só ficou atrás do próprio Lawson (2 a 0) durante o breve período de cinco provas em que os dois foram companheiros em 2023, mas reagiu e pontuou com consistência no fim daquele ano.

Diante do mau desempenho de Sergio Pérez em 2024, acentuado na reta final do ano, a vaga do mexicano na Red Bull passou a correr risco. Yuki Tsunoda ainda foi convidado a pilotar pela equipe austríaca no teste de pós-temporada em Abu Dhabi. No entanto, segundo o site oficial da Fórmula 1, a decisão do time em favor de Liam Lawson já havia sido tomada àquela altura.

Evolução e adaptação

Em entrevista ao site britânico da ESPN, o chefe de equipe da Red Bull, Christian Horner, assegurou a que escolha entre os dois foi difícil, mas acabou preterindo Yuki Tsunoda. Os motivos: a capacidade de evolução e a rápida adaptação do neozelandês.

“Yuki é um piloto muito rápido. Ele tem três ou quatro temporadas de experiência agora. Ele fez um ótimo trabalho conosco no teste de pneus em Abu Dhabi, no qual os engenheiros ficaram muito impressionados com o desempenho dele”, explicou o dirigente.

“Com Liam, quando você olha e analisa os dados de sua corrida, o ritmo foi ligeiramente melhor. Seu ritmo de classificação foi muito parelho em relação a Yuki, e você presume então que, com o potencial de Liam depois de ter feito apenas 11 corridas, ele vai se tornar melhor e mais forte. Ele mostrou resiliência e firmeza mental.”

E a Honda?

Outro fator que poderia ter pesado contra Yuki Tsunoda é a Honda. A montadora japonesa apoia a carreira do piloto e é parceira da Red Bull Powertrains na fabricação de unidades de potência.

No entanto, o acordo vai apenas até o final de 2025 – a partir de 2026, os motores do conglomerado Red Bull GmbH serão fabricados em parceria com a Ford, enquanto a Honda será parceira da Aston Martin.

Mas nem o próprio Tsunoda acredita que este fator seria um obstáculo. “Eu não acho que deveria considerar a situação da Honda, para ser sincero”, disse o piloto, em entrevista publicada nesta quinta-feira (19) pelo site Motorsport Week. “Eles têm um contrato comigo para além de 2026. Mas também é um contrato que eles podem decidir quando e o que quiserem a qualquer momento todos os anos”, acrescentou.

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