
A notícia do dia no mundo da Fórmula 1, nesta quinta-feira (27), é a troca entre Liam Lawson por Yuki Tsunoda na Red Bull. Segundo o próprio consultor da equipe taurina, Helmut Marko, a decisão de promover o neozelandês para a equipe principal foi erro.
Em 75 anos de história, a Red Bull não é a única equipe da F1 que já realizou trocas de pilotos durante o desenrolar da temporada (por mais que seja a equipe que mais faz). Então, relembre alguns pilotos que também foram “sacados” de seus assentos na Fórmula 1.
Michael Andretti - 1993
Michael Andretti chegava a Fórmula 1 em 1993 como um prodígio. O americano chegava ao paddock como campeão da Fórmula Indy em 91 e com quatro vice no currículo. A parceria com a McLaren tinha tudo para ser um sucesso: uma equipe de sucesso com um sobrenome que vinha, nada mais, nada menos, que Mario Andretti.
Michael quase chegou na F1 em 1992, após realizar testes com o carro que entregou o bicampeonato de Senna, o MP-45B, em Portugal. Porém, só desembarcou na equipe de Woking em 1993 (e desembarcou também).
Um começo também que teria um grande desafio do outro lado da garagem: Ayrton Senna. Além disso, um misto de problemas mecânicos e erros durante o campeonato, colocaram um peso enorme no americano.
Ao longo de seus 13 provas disputadas na Fórmula 1, abandonou em 7 delas e conquistou um pódio no GP da Itália, quando chegou em terceiro. Porém, a paciência de Ron Dennis já tinha acabado e para o GP de Portugal, o americano foi substituído por Mika Hakkinen.
David Coulthard - 1994
Quando Ayrton Senna morreu no Grande Prêmio de San Marino, em Ímola, na Itália, a Williams precisava de um piloto para substituir o tricampeão para o restante da temporada de 1994. Logo de cara, o time inglês colocou David Coulthard para assumir a posição.
Porém, Sir Frank Williams queria alguém experiente e que fosse ajudar Damon Hill na disputa pelo título. Com isso, o “Leão”, Nigel Mansell, foi chamado para assumir o cockpit do FW16. Mas o campeão da temporada de 1992 tinha compromissos com a Fórmula Indy e só disputou apenas quatro provas, e Coulthard correu o restante.
Pablo Montoya - 2006
Juan Pablo Montoya chegou a Fórmula 1 em 2001, na Williams, após vencer as 500 Milhas de Indianápolis no ano anterior. Logo de cara ele foi visto como o nome que bateria Michael Schumacher. Porém, seu início promissor e sua queda na categoria duraram apenas seis temporadas, quatro na Williams e duas na McLaren.
Após um início muito forte na equipe de Frank Williams, Montoya se transferiu para a equipe comandada por Ron Dennis em 2005. Em seu primeiro ano, o colombiano sofreu para acompanhar o ritmo de Kimi Räikkönen, mas conquistou três vitórias.
No ano seguinte, o finlandês continuava levando a melhor na disputa interna contra o colombiano. Na temporada de 2006, foram apenas dois pódios nas primeiras dez corridas e antes de ser retirado Dennis, Montoya anunciou que correria na NASCAR e foi substituido por Pedro de la Rosa.
Nick Heidfeld - 2011
Em 2011, a Lotus contava com Robert Kubica e Vitaly Petrov como pilotos titulares da equipe. Porém, o polonês se acidentou em uma prova de rali em Andorra alguns dias antes e, com isso, o time colocou o alemão, Nick Heidfeld, como o novo titular. Bruno Senna continuou como reserva do time.
A titularidade de Heidfeld durou só até o GP da Hungria e já no GP da Bélgica, o time contou com Senna como companheiro de Petrov. O alemão até ameaçou ir à justiça contra a decisão, mas no fim tudo acabou de forma amigável.
Nick De Vries - 2023
Nascido em 1995, Nyck de Vries competiu no kart entre 2004 e 2011, antes de chegar aos monopostos em 2012. A partir daí, começou a conquistar bons resultados, chegando ao título da Fórmula 2 em 2019.
Sem vaga de titular na Fórmula 1, virou piloto de testes da Mercedes, ao mesmo tempo em que disputava a temporada 2020/2021 da Fórmula E – terminando com o título. Seguiu de stand by na Mercedes, testando também por Williams e Aston Martin. Na McLaren, ganhou a vaga de piloto reserva em 2022.
Também em 2022, ganhou a chance de estrear na F1 como substituto de Alexander Albon no GP da Itália. Logo de cara, deixou uma boa impressão ao conquistar o nono lugar, virando nome disputado no mercado.
Acabou fechando com a AlphaTauri para substituir Pierre Gasly, que foi para a Alpine em 2023. No entanto, não somou pontos após os dez primeiros Grandes Prêmios. A decisão da AlphaTauri foi criticada por muitos entenderem que, como novato, De Vries poderia ter tido mais tempo para se adaptar, principalmente levando em consideração que o carro da AlphaTauri desse ano é um dos piores, senão o pior, do grid naquele ano.