No que depender de Mario Andretti, a contratação de Colton Herta será uma prioridade para a futura equipe Cadillac na Fórmula 1.
O nome do piloto norte-americano é especulado na categoria desde o fim de 2021, quando surgiram os primeiros indícios do interesse da Andretti de contar com time no grid. Os planos acabaram vetados pela F1, mas a General Motors assumiu a dianteira do projeto e conseguiu o sinal verde para incluir uma escuderia – que levará o nome da marca Cadillac – na competição a partir de 2026.
O aval da F1 ao time veio após Michael Andretti deixar o posto de CEO da Andretti. No entanto, Mario Andretti – campeão de Fórmula 1 em 1978 e pai de Michael – já foi anunciado como presidente do conselho administrativo do novo time. E no que depender dele, Colton Herta segue no topo da lista de pilotos.
“Desde o começo deste projeto, o time sempre analisou para o prospecto de ter Colton Herta como um dos pilotos”, disse Mario ao site da revista Autosport. “Até onde eu sei, isto é algo que não foi discutido ultimamente porque há tempos que isso permanece uma prioridade”, completou.
Aos 24 anos, Colton Herta vem de altos e baixos na carreira. Vice-campeão da Indy Lights em 2018, ele foi terceiro colocado na Indy em 2020 e vice-campeão em 2024. Em compensação, foi o décimo colocado da categoria norte-americana em 2022 e 2023. Em 2022, chegou a testar uma McLaren em Portimão (Portugal).
“Tenho certeza de que esta (Fórmula 1) é a direção que ele gostaria de seguir. Ele trenou lá, ele correu ao lado de caras como, apenas para citar, Lando Norris, que obviamente é muito proeminente agora com a McLaren”, descreveu. Tanto Herta quanto Norris disputaram a Fórmula 3 britânica pela equipe Carlin em 2016.
Sem Andretti, mas com Andretti
A saída de Michael Andretti pode ser considerada um movimento importante para que a Fórmula 1 tenha decidido aceitar uma 11ª equipe no grid. Mas Mario Andretti não vê problemas em contar com o filho, já que acredita que a saída de Michael não foi o que definiu o OK para a entrada da General Motors na F1 em 2026.
“Não há grandes questões que eu veja dentro do grupo aqui que perdurem ou algo do tipo porque, posso garantir, não foi apenas (uma questão) sobre Michael. Não é tão simples”, disse, em entrevista ao site Motorsport. “Havia muita coisa acontecendo, mas isso aconteceu. Pode parecer que foi o fator-chave, mas não foi”, acrescentou.
Ainda segundo Mario Andretti, o trabalho de Michael Andretti é reconhecido dentro dos planos da GM. “Quer saber? Há comemoração com ele aqui também”, diz Mario.