O acerto entre Fernando Alonso e a Aston Martin para 2023 pegou de surpresa a Alpine, atual equipe do espanhol.
Em conversa por vídeo com a imprensa nesta terça-feira (2), o chefe de equipe do time francês, Otmar Szafnauer, disse que estava otimista sobre a permanência de Alonso para a próxima temporada, e que só soube do acordo com a Aston Martin depois de ler o comunicado divulgado pelo time britânico.
“Foi a primeira confirmação que eu tive”, disse o dirigente – que, curiosamente, trabalhou na própria Aston Martin até o começo da temporada.
“Obviamente, quando você está no paddock, há todo tipo de rumor, e eu havia ouvido que a Aston estava interessada”, explicou Szafnauer, que deu detalhes do que vinha acompanhando até então.
“Uma vez que eles estavam interessados, provavelmente discussões ocorreram. Havia alguns indícios de que discussões vinham ocorrendo, como sair do motorhome ao mesmo tempo, esse tipo de coisa – que eu vi.”
O dirigente assegurou não haver problemas em saber das conversas entre Alonso e a Aston Martin até então, já que não havia “nada errado” com o fato de o bicampeão explorar as possibilidades que tinha na Fórmula 1.
No entanto, segundo Otmar Szafnauer, Fernando Alonso negou no fim de semana que tivesse assinado contrato com a Aston Martin. Na segunda-feira (1º), porém, foi anunciado pelo tive de Lawrence Stroll como substituto de Sebastian Vettel a partir de 2023.
“Eu perguntei (ainda na Hungria), e ele disse: ‘Não, não, não, eu não assinei nada’”, descreveu o chefe de equipe da Alpine.
De acordo com veículos especializados, Alonso queria uma renovação de contrato com a Alpine até o final de 2024. O time francês pretendia inicialmente um compromisso até o fim de 2023, mas havia aceitado uma cláusula nas negociações segundo a qual Alonso assinaria por um ano, com opção de renovar por mais um ano. A Aston Martin, por sua vez, ofereceu o compromisso de dois anos que o espanhol buscava.
“Discutimos com Fernando assim: ‘Olha, se você estiver desempenhando neste nível a esta altura do ano que vem, é claro, vamos até você para continuar’”, descreveu Szafnauer. “Mas eu acho que ele queria mais certeza, independente de desempenho.”