A força G, ou força gravitacional, é um dos principais desafios enfrentados pelos pilotos de Fórmula 1. Essa força é gerada pela aceleração que o carro experimenta durante as curvas, frenagens e pelo ganho de velocidade partindo da inércia. Quando um carro faz uma curva, o piloto é empurrado contra o lado oposto da curva, sentindo um aumento significativo na força gravitacional. Em algumas situações, os pilotos podem experimentar forças que vão além dos 5G, ou seja, cinco vezes a força da gravidade.
A atuação da Força G na Fórmula 1 é intensa, especialmente em curvas fechadas e durante frenagens bruscas. Isso significa que o corpo do piloto, que já está sujeito à gravidade normal, é sobrecarregado. A pressão nos músculos e órgãos internos aumenta, o que pode causar desconforto e, em casos extremos, perda de consciência. Em comparação, um piloto de avião a jato, ao experimentar manobras acentuadas, pode enfrentar forças G um pouco maiores, mas a duração e a intensidade nas corridas de F1 são geralmente maiores.
Para lidar com essas forças extremas, os pilotos passam por um rigoroso treinamento físico e psicológico. Exercícios de resistência e força, principalmente em pescoço e braços, são fundamentais para preparar o corpo para suportar as cargas durante as corridas. Além disso, eles treinam a resistência cardiovascular, já que a alta intensidade das forças G pode levar a um aumento da frequência cardíaca e à fadiga. Muitos pilotos também utilizam simulações e equipamentos específicos para se habituar a essas condições antes das corridas.
A história da Fórmula 1 é marcada por acidentes que envolvem forças G extremamente altas. Um exemplo notório é o acidente de Ayrton Senna em 1994 que expôs as forças em jogo em um impacto. Outro caso foi o acidente de Romain Grosjean em 2020, onde a combinação de forças G e colisão resultou em uma situação crítica. Em 2021, Max Verstappen sofreu impacto de 51G após se enroscar com Lewis Hamilton, sair da pista e bater no muro no GP da Inglaterra.
Compreender como a Força G atua na Fórmula 1 é crucial para apreciar o nível de habilidade e resistência que os pilotos precisam ter. Desde o treinamento físico até a experiência prática, cada detalhe é fundamental para que eles possam não apenas competir, mas também sobreviver em um ambiente tão desafiador e perigoso. Essa preparação é o que diferencia um piloto de elite em um esporte onde a física e a resistência humana se encontram em alta velocidade.