O que é o DRS na Fórmula 1? Conheça sistema criado para gerar mais ultrapassagens nas corridas

Popularmente conhecido como Asa Móvel, sistema de aerodinâmica ativa possibilita que carros da F1 atinjam maior velocidade máxima

Da redação

O que é o DRS na Fórmula 1? Conheça sistema criado para gerar mais ultrapassagens nas corridas
DRS ativado no carro de Lewis Hamilton
Reprodução/Mercedes/X

O DRS, sigla para Drag Reduction System (popularmente conhecido como Asa Móvel), é um sistema de aerodinâmica ativa criado para reduzir o arrasto dos carros de Fórmula 1 nas retas, possibilitando atingir maiores velocidades máximas, aumentando assim as chances de ultrapassagens. 

Como funciona o DRS na Fórmula 1?

Primeiro é importante entender como funciona a aerodinâmica de um carro de Fórmula 1. O conceito se assemelha ao que faz os aviões voarem, mas de forma oposta. Enquanto o avião é empurrado para cima pelo fluxo de ar, gerando sustentação, o carro de F1 é empurrado para baixo, gerando pressão aerodinãmica, ou “downforce”. 

O DRS nada mais é do que um flap (uma sessão móvel) que se abre na asa traseira, aliviando o arrasto e a pressão aerodinâmica e permitindo que mais ar passe pela asa traseira, possibilitando assim uma maior velocidade final.

Por que o DRS foi introduzido na Fórmula 1?

Para possibilitar mais ultrapassagens. Com os carros jogando cada vez mais ar turbuleto para parte de trás, se tornou cada vez mais difícil para um rival seguir outro sem perder aderência entre as curvas de um circuito. Então a maneira encontrada para mitigar isso foi possibilitar maior velocidade final para o caror de trás nas retas, possibilitando assim que o piloto de trás ganhe o terreno que perdeu nas curvas por causa do ar turbulento. 

Quando o DRS foi introduzido na Fórmula 1?

O sistema foi introduzido na Fórmula 1 na temporada de 2011. 

Onde o DRS pode ser usado na Fórmula 1?

O DRS term áreas específicas de detecção e ativação. Enquanto alguns circuitos possuem apenas uma zona de detecção e ativação, como o circuito de Mônaco, outras pistas possuem mais, caso do Albert Park, na Austrália, e Marina Bay, em Singapura, que possuem quatro zonas de ativação do DRS. 

Quando o DRS pode ser usado na Fórmula 1?

Nos treinos livres e nas classificações, o uso é liberado detro das zonas específicas. Já na corrida, para um piloto ter acesso ao DRS é preciso que ele esteja a 1 segundo ou menos de distância para o rival da frente na passagem de ambos pela zona de detecção. O sistema é liberado a partir da segunda volta da corrida, ou a segunda volta após bandeira vermelha ou segunda volta após o safety car sair da pista (quando foi intruduzido, a ativação só ocorria a partir da terceira volta). Em situações de pista molhada, o DRS é desativado por questões de segurança. 

Como é ativado o DRS na Fórmula 1?

Ao passarem pela zona de ativação, caso os pilotos que queiram ativar o sistema estejam a 1s ou menos do rival à frente, uma luz se acende no volante indicando a liberação para a ativação do DRS, que pode ser feita por um botão no próprio volante.

Como é desativado o DRS na Fórmula 1?

Para que o piloto não se distraia tendo que novamente apertar o botão de ativação/desativação, basta que ele tire o pé do acelerador, freie ou reduza marchas. O sistema entende que ele está se preparando para entrar numa curva e, automaticamente, fecha o flap da asa traseira.

O que acontece se o DRS permanecer ativado?

É raro, mas acontece. Nesse caso, o piloto perde considerável pressão aerodinâmica na asa traseira, tornando quase impossível contornar uma curva de maior velocidade. Na prática, o piloto perde aderência das rodas traseiras e acaba rodando. Um exemplo disso foi visto com o sueco Marcus Ericsson no GP da Itália de 2018

Um piloto pode usar o DRS para se defender e evitar uma ultrapassagem?

Sim, desde que ele esteja a 1 segundo a menos do rival à frente. Quando vários pilotos numa fila usam o DRS ao mesmo tempo, então é criado o que se conhece como “trem de DRS”. Nesse caso, como todos os pilotos em uma fila estão com o sistema ativado, com excessão ao líder, ou ao piloto na frente da fila que não esteja ativando o DRS, o recurso acaba perdendo a eficácia. 

Que outras categorias além da Fórmula 1 usam o DRS?

Assim com a categoria principal, a Fórmula 2 e a Fórmula 3 também fazem uso do sistema de DRS. 

Quais são as opiniões a respeito do DRS na Fórmula 1?

Enquanto há consenso de que o sistema realmente ajuda em ultrapassagens, há muitas críticas sobre o modo artificial de como isso é alcançado. Isso porque as ultrapassagens costumam ser feitas bem antes do ponto de frenagem, não dando condições de defesa ao piloto que está à frente e não dependendo das habilidades do piloto que vem atrás. 

Certa vez o colombiano Juan Pablo Montoya, famoso pelas ultrapassagens ousadas antes da era do DRS, afirmou que o uso do sistema era como dar “Photoshop a Picasso”.

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