De Vries se afasta de redes e ironiza publicações após demissão na AlphaTauri

Holandês será substituído por Daniel Ricciardo a partir do GP da Hungria

Da redação

Nyck de Vries divulgou uma mensagem nesta quarta-feira (19) para informar que está afastado das redes sociais. A postagem foi a primeira do holandês no Instagram desde que foi dispensado pela AlphaTauri, em 11 de julho.

No texto, De Vries agradece à Red Bull e à AlphaTauri pela oportunidade que recebeu para pilotar na Fórmula 1 em 2023. Demitido, ele será substituído por Daniel Ricciardo a partir do GP da Hungria deste final de semana.

“Após os recentes ocorridos, eu decidi me afastar por um tempo das redes sociais, o que continuarei a fazer”, escreveu.

“Eu gostaria de agradecer à Red Bull e à AlphaTauri pela oportunidade de viver meu sonho. É claro que machuca o fato de a chance na F1 com a qual eu sonhei por tanto tempo ter terminado prematuramente. Mas a vida é jornada, e não destino, e às vezes você precisa escolher o caminho mais difícil para chegar onde quer estar”, analisou.

Com títulos da Fórmula 2 e da Fórmula E no currículo, De Vries disse que a passagem pela F1 foi “apenas mais uma experiência” e que agora vai “seguir em frente, ansioso pelos próximos capítulos”. Além disso, agradeceu pelas “mensagens encorajadoras” que recebeu em apoio na última semana.

O agora ex-AlphaTauri encerra o texto ironizando publicações com supostas declarações creditadas a ele, mas sem divulgar detalhes a respeito. “Recebi alguns artigos interessantes sobre coisas que eu disse na última semana. Para esclarecer, eu não conversei com a imprensa e, por enquanto, vou me curtir por um tempo”, conclui.

De Melbourne a Monte Carlo

Emprestado pela Red Bull para substituir Nyck de Vries, Daniel Ricciardo terminou 2022 desempregado após ser demitido pela McLaren. No fim, foi recontratado pela equipe austríaca, na qual havia sido titular entre 2014 e 2018, mas para ser piloto de testes.

Segundo Ricciardo, o desejo de voltar ao grid não foi imediato em 2023. Começou no GP da Austrália, em abril, quando voltou a ver as atividades na pista.

“A primeira corrida que compareci foi Melbourne. E foi legal porque foi a corrida no meu país, e eu estava num ambiente incrível. E aquilo começou a trazer várias coisas à mente. Eu estava sentado no pitwall, vendo todos os pilotos deixarem os boxes... Fiquei tipo: ‘Poxa, eu sinto falta disso’”, disse o australiano, que viu o desejo crescer até o GP de Mônaco, quando percebeu que queria novamente uma vaga.

“Então, eu não estava espumando de vontade em Melbourne, mas era algo em construção. Eu estava feliz com a minha situação de momento, sem qualquer sentimento de desespero ou qualquer objetivo (...). Depois indo para a próxima, que foi Miami – acho que foi Miami – e aí logo depois, Mônaco... Em Mônaco foi onde, acompanhando a classificação, eu estava tipo: ‘oh’. Foi uma classificação muito boa, realmente muito boa. Enquanto espectador, eu estava: ‘Isso foi legal’. Mônaco é tão especial, e foi lá que eu realmente comecei (a pensar): ‘Estar em um carro aqui seria realmente divertido’”, acrescentou.

Foram menos de dois meses entre os GPs da Austrália e de Mônaco. Mas para Ricciardo, o período foi o suficiente para reconstruir o desejo de voltar a correr.

“Lá no fundo, eu ainda estava reconstruindo esse sentimento. Eu ainda estava tranquilo e satisfeito de estar na posição que me encontrava, porque eu ainda estava aprendendo bastante, estava aproveitando o momento para continuar refletindo sobre como eu poderia fazer as coisas de uma forma diferente”, explicou.

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